31/10/2009

TEMPLO DE SALOMÃO

Pela primeira vez é encontrada uma prova da existência do Templo de Salomão em Jerusalém. A pedra tem o tamanho de um caderno escolar e é originária da região do Mar Morto. As quinze linhas descrevem, em primeira pessoa, os planos do rei Joás para a reforma do Templo de Salomão. O episódio é narrado no capítulo 12 do Segundo Livro dos Reis, da Bíblia. O Livro dos Reis, do Velho Testamento, faz parte dos chamados "livros históricos" porque seus relatos se confundem com a história documentada dos reis fundadores de Israel. São ao mesmo tempo assunto de fé e de arqueologia. Por esse motivo, a descoberta de geólogos israelitas anunciada na semana passada despertou enorme interesse. Os cientistas certificaram a autenticidade de um bloco de pedra com inscrições em fenício, onde se lê que o rei israelita Joás instruiu os sacerdotes a recolher dinheiro para pagar as reformas do Primeiro Templo de Jerusalém, construído por Salomão. O texto na pedra é similar a descrições do mesmo fato no Segundo Livro dos Reis. Essa lasca de pedra do tamanho de um caderno escolar pode ser considerada a mais antiga prova de um relato bíblico já encontrada. "Se a inscrição passarpor todos os testes de autenticidade, será o artefacto mais importante da arqueologia israelitas", diz o arqueólogo Gabriel Barkai, da Universidade Bar-Ilan.

O Instituto Geológico de Israel, que divulgou a descoberta, não revelou as circunstâncias do achado. O dono, um coleccionador anónimo, levou a peça para ser examinada um ano atrás. Os testes mostraram que a inscrição datava do século IX a.C., o que coincidiria com o reinado de Joás. Os exames também indicaram a presença de salpicos de ouro fundido na superfície da pedra, que poderiam ter sido causados por um incêndio, como o que destruiu o Templo de Salomão, em 586 a.C.

Segundo a Bíblia, Salomão, filho do rei Davi, viveu há 3.000 anos, no auge do Reino de Israel. A Bíblia conta que nobres e plebeus vinham consultá-lo por sua sabedoria. Faz parte da cultura universal a decisão de Salomão no caso das duas mulheres que disputavam a maternidade de um bebé. O rei mandou cortar a criança em duas metades com o fio da espada e descobriu a mãe verdadeira pelos protestos desesperados de uma delas para que deixasse a criança viver.

Mas as provas históricas da existência de Salomão são escassas. Evidências de seu famoso templo nunca tinham sido encontradas, e muitas das construções atribuídas a ele foram erguidas por reis posteriores.

Em um país em conflito, até mesmo uma descoberta histórica perde a neutralidade científica. A pedra pode ter sido descoberta durante escavações no Monte do Templo, controlado pelos muçulmanos em Jerusalém, e dali entrado no mercado negro de antiguidades. Se essa versão se confirmar, o bloco de pedra pode reforçar a reivindicação judaica ao Monte do Templo, sagrado para ambos os lados, e inflamar ainda mais os ânimos. O tema daposse do Monte do Templo é tão delicado que um passeio do primeiro-ministro Ariel Sharon pelas mesquitas do local em 2000 foi o estopim para a actual rebelião palestina, que já matou 2.400 pessoas. Um triste legado para um grande rei.

Sobre uma rocha do monte Sião

O emprazamento do templo escolhido por David para construir seu palácio, era a superfície de uma rocha situada no cume oriental do monte de Sião (literalmente a montanha da casa), actualmente solar sobre o qual surge a mesquita islâmica de Omar.

Recentes escavações, que levantaram irados protestos dos rabinos "ortodoxos", demonstraram que o terreno contém restos evidentes de cultos megalíticos aos mortos e a "divindades" politeístas.

O palácio de Salomão compreendia um conjunto de diversos edifícios: sua residência, a "casa do bosque do Líbano", assim chamada por seus pilares de madeira de cedro, um pórtico de pilares, o salão do trono e, em outro pátio, uma casa para a "filha do faraó", com a qual o rei havia casado. A esta foi acrescentada a "casa do Senhor", como uma dependência do palácio, com uma entrada privada desde os departamentos reais, independente da que dava acesso aos fiéis em geral.

Tal como é descrita na Bíblia, sua planta era a de "uma casa longa mesopotâmica" ou templo com vestíbulo (salão largo), nave (salão longo) e "adytum" (sala quadrada). Era rectangular o conjunto, orientado de Leste a Oeste, e no pátio central estava o altar dos holocaustos, erigido sobre a rocha viva do solo sagrado (a sakhra). Ao pátio se acedia por um pórtico ou ra de cipreste. Diante da entrada, e franqueando-a, havia duas colunas de bronze chamadas Jachin e Boaz, adornadas com motivos de romãs e capitéis, de doze côvados de altura e quatro de diâmetro, evidentes evoluções das colunas megalíticas situadas à entrada dos templos malteses, e estas dos mais antigos menires espalhados por toda a geografia mundial das culturas dos "povos do mar".

O recinto da Arca

Na parte interior do alpendre, o lugar sagrado (hekal), de quadro côvados de comprimento por vinte de largura e trinta de altura, ao que se acedia por duplas portas. O hekal encontra-se em penumbra, recebendo a luz por uma fileira de janelas gradeadas situadas no alto da parede. Atrás da nave estava a "sancta sanctorum", isto é, o "dever", no extremo oeste do edifício. Formava este ambiente fechado um cubo perfeito de vinte côvados de altura, comprimento e largura. Nele era guardada "a Arca", franqueada por dois querubins de madeira de oliveira, tendo o tamanho de 10 côvados de altura e estando recobertas de ouro. Sua posição era similar a das esfinges aladas que suportam o trono do rei, como é apreciado em um marfim de Megiddo, e as egípcias que com suas asas estendidas protegem a Horus menino. O hekal e suas duplas portas estavam decorados com motivos de palmeiras, flores e querubins, todos forrados de ouro, e na sala eram guardados os candelabros de ouro, a mesa dos doze pães e um altar de cedro, também recoberto de ouro, colocado em frente de uma escada que conduzia ao dever.

O santo lugar portanto, encontra-se como um nicho na parede de fundo, disposição habitual na Fenícia para o "quarto do deus" dos templos idólatras.

Pelos lados norte e sul do hekal abriam-se pequenas portas que conduziam a uma escada pela qual se subia aos três pisos superiores do edifício, onde haviam habitações pequenas, tipo celas.

Templo de Salomão

O Templo de Salomão foi o primeiro Templo em Jerusalém, construído no século XI AC, e funcionou como um local de culto religioso judaico central para a adoração e os sacrifícios conhecidos como korbanot.

O Rei Davi, da tribo de Judá, desejava construir uma casa para YHWH, onde a Arca da Aliança ficasse definitivamente guardada, ao invés de permanecer na tenda provisória ou tabernáculo, existente desde os dias de Moisés. Segundo a Bíblia, este desejo foi-lhe negado por Deus em virtude de ter derramado muito sangue em guerras. No entanto, isso seria permitido ao seu filho Salomão, cujo nome significa "paz". Isto enfatizava a vontade divina de que a Casa de Deus fosse edificada em paz, por um homem de paz. (2Samuel 7:1-16; 1Reis 5:3-5; 8:17; 1Crónicas 17:1-14;

22:6-10).

Davi comprou a eira de Ornã ou Araúna, um jebuseu, que se localizava monte Moriah ou Moriá, para que ali viesse a ser construído o templo. (2Samuel 24:24, 25; 1Crónicas 21:24, 25) Ele juntou 100.000 talentos de ouro, 1.000.000 de talentos de prata, e cobre e ferro em grande quantidade, além de contribuir com 3.000 talentos de ouro e 7.000 talentos de prata, da sua fortuna pessoal. Recebeu também como contribuições dos príncipes, ouro no valor de 5.000 talentos, 10.000 daricos e prata no valor de 10.000 talentos, bem como muito ferro e cobre. (1Crónicas 22:14; 29:3-7) Salomão não chegou a gastar a totalidade desta quantia na construção do templo, depositanto o excedente no tesouro do templo (1Reis 7:51; 2Crónicas 5:1).

Aspectos da Construção
O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto ano de seu reinado seguindo o plano arquitectónico transmitido por Davi, seu pai (1Reis 6:1; 1Crónicas 28:11-19). O trabalho prosseguiu por sete anos. (1Reis 6:37, 38) Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hiram ou Hirão, o rei de Tiro, forneceu madeira do Líbano e operários especializados em madeira e em pedra. Ao organizar o trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel, enviando-os ao Líbano em equipas de 10.000 a cada mês. Convocou 70.000 dentre os habitantes do país que não eram israelitas, para trabalharem como carregadores, e 80.000 como cortadores (1Reis 5:15; 9:20, 21; 2Crónicas 2:2). Como responsáveis pelo serviço, Salomão nomeou 550 homens e, ao que parece, 3.300 como ajudantes. (1Reis 5:16; 9:22, 23)

O templo tinha uma planta muito similar à tenda ou tabernáculo que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo, sendo maiores do que as do tabernáculo. O Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento, 20 côvados (8,9 m) de largura e, evidentemente, 30 côvados (13,4 m) de altura. (1Rs 6:2) O Santo dos Santos, ou Santíssimo, era um cubo de 20 côvados de lado. (1Reis 6:20; 2Crónicas 3:8)

Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e a madeira. Os pisos foram revestidos a madeira de junípero (ou de cipreste segundo algumas traduções da Bíblia) e as paredes interiores eram de cedro entalhado com gravuras de querubins, palmeiras e flores. As paredes e o tecto eram inteiramente revestidos de ouro. (1Reis 6:15, 18, 21, 22, 29)

Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício.

Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II da Babilónia, em 586 a.C., após dois anos de cerco a Jerusalém. Os seus tesouros foram levados para a Babilónia e tinha assim início o período que se convencionou chamar de Captividade Babilónica na história judaica.

Décadas mais tarde, em 516 a.C., após o regresso de mais de 40.000 judeus do cativeiro de Babilónia foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo, o qual foi destruído no ano 70 d.C., pelos romanos, no seguimento da Grande Revolta Judaica.

Alguns afirmam que o actual Muro das Lamentações era parte da estrutura do templo de Salomão.

29/10/2009

ACHADOS ARQUEOLÓGICASO LEVAM CIENTISTAS A RECONHECER A BÍBLIA COMO TENDO BASE HISTÓRICA




Textos de Balaão – Fragmentos de escrita aramaica encontrados em Tell Deir Allá, que relatam um episódio da vida de "Balaão filho de Beor" e descrevem uma de suas visões – indícios de que Balaão existiu e viveu em Canaã, como afirma a Bíblia no livro de Números 22 a 24.


Obelisco negro e prisma de Taylor – Estes artefactos mostram duas derrotas militares de Israel. O primeiro traz o desenho do rei Jeú prostrado diante de Salmaneser III oferecendo tributo a ele. O segundo descreve o cerco de Senaqueribe a Jerusalém, citando textualmente o confinamento do rei Ezequias.



Inscrição de Siloé – Encontrada acidentalmente por algumas crianças que nadavam no tanque de Siloé. Essa antiga inscrição hebraica marca a comemoração do término do túnel construído pelo rei Ezequias, conforme o relato de 2 Crónicas 32:2-4.


Selo de Baruque – descoberto em 1975, provando a existência do secretário e confidente do profeta Jeremias.


Palácio de Sargão II – Descoberto em 1843, o palácio de Sargão II, rei da Assíria, pôs fim a negação de sua existência, conforme mencionado em Isaías 20:1.



Tijolo babilónico que traz nome de Nabucodonosor – O achado arqueológico traz a seguinte inscrição em cuneiforme: "(eu sou) Nabucodonosor, Rei de Babilónia. Provedor (do templo) de Ezagil e Ezida; filho primogénito de Nabopolassar”. Vale notar que por muito tempo se afirmou que a cidade da Babilónia era um mito – e muito mais lendário ainda seria o rei Nabucodonosor.

27/10/2009

STELA DE TIGLATH-PILESER III E REFERÊNCIAS BÍBLICAS

Tiglath-Pileser III (da forma hebraica [1] do acadiano: Tukulti-apil-Ešarra, "a minha confiança está no filho de Esharra") foi um proeminente do rei da Assíria no século 8 aC (governou de 745-727 aC) [2] [3] e é amplamente considerado como o fundador do Império Neo-Assírio. [4] [5] Ele é considerado um dos comandantes militares de maior sucesso na história do mundo, conquistando a maioria do mundo conhecido para o assírios antigos antes de sua morte.
Registos bíblicos: O nome "Tiglath-Pileser" foi um trono, nome dado ao rei em sua adesão, em vez de um nome dado ao nascer. Na tradução, significa "a minha confiança é o herdeiro de Ešarra". A Bíblia regista, quer como Tiglath-Pileser (2 Reis 15:29, 16:7, 10) ou como Tilgate-Pilneser (1 Crónicas 5:6, 26, 2 Crónicas 28:20), e também como Pul (1 Crónicas 5:26 e 2 Reis 15:19). The latter resembles the name Pulu that some chronological sources give him as king of Babylonia . Este último lembra o nome Pulu que algumas fontes cronológica dar-lhe como rei da Babilónia. However, none of these sources are contemporary with Tiglath-Pileser's time, thus it remains uncertain if the name "Pul" was ever used during the king's lifetime. [ 6 ] No entanto, nenhuma destas fontes são contemporâneos com Tiglath-Pileser do tempo, portanto, permanece incerto se o nome de "Pul" nunca foi utilizado durante a vida do rei. [6]
Reinado Poder assírio no Oriente Médio aumentou consideravelmente como resultado de reformas militares Tiglath-Pileser (ver "reformas" abaixo) e suas campanhas de conquista. Ao subir ao trono, ele alegou (em Annal 9, que data de 745 aC, o ano primeiro reinado (ano de adesão) ter anexado Babilónia, [Mar] [9] (que se refere ao Golfo Pérsico), e posteriormente ter colocado os seu eunuco governadores. Também no seu primeiro ano de reinado, ele derrotou Urartu (na Arménia moderna), cuja hegemonia sob a regência de Sarduris II tinha estendido a norte da Mesopotâmia e na Síria; lá encontrou cavalos inigualáveis para a sua guerra-carros. [10] Ele também derrotou os medos antes de fazer a guerra no neo-hititas, Síria e Fenícia. Conquistou Arpad em 740 aC, após três anos de cerco, e anexou-a como uma província (sobre a qual ele colocou um de seus eunucos como governadores), e submetidos Hamate ao tributo. recorde em inscrições assírias 740 aC , o quinto ano do seu reinado, uma vitória sobre o Azarias (Uzias), rei de Judá, cujos resultados são descritos em 2 Crónicas 26. Em 733 aC os seus exércitos conquistaram Filístia na costa do Mediterrâneo, destruiu Damasco (732) e ocupou a maior parte Israel (732), com suas regiões, tornando-se províncias do norte da Assíria. De acordo com as inscrições reais de Tiglath-Pileser muitos dos habitantes foram escravizados e deportados para outras partes do império assírio, como é comummente feito por seus antecessores. Cativos no cerco foram abatidos e os organismos criados em estacas e exibidas antes da cidade.

25/10/2009

MONTE DO TEMPLO DE JERUSALÉM

Monte do Templo ou Esplanada das Mesquitas, ao centro Mesquita de Al-Aqsa, construída por Omar sobre as supostas ruínas do Templo de Salomão, destruído pelos romanos.
O Monte do Templo (em hebraico: הר הבית, transl. Har Ha-Bayit), em alusão ao antigo templo, pelos judeus e cristãos, e Nobre Santuário (الحرام الشريف, transl. Al-Haram ash-Sharif) pelos muçulmanos. Também conhecida como a Esplanada das Mesquitas, é um lugar sagrado para muçulmanos e judeus e é um dos locais mais disputados do mundo. Muçulmanos e judeus da idade média acreditam que sob seus escombros está escondido o Templo de Salomão.
Os templos sobre as rochas que encontram-se no local foram construídos pelos muçulmanos e é o terceiro local mais sagrado do islamismo, referência a viagem até Jerusalém e a ascensão de Muhammad ao paraíso. O local é também associado a vários profetas judeus, sendo que os próprios muçulmanos consideram estes profetas judeus como muçulmanos. Lá localiza-se a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, construídas ambas no século VII, uma das estruturas mais antigas do mundo muçulmano.
É o lugar mais sagrado do judaísmo, já que no Monte Moriá se situa a história bíblica do sacrifício de Isaac. O lugar da "pedra do sacrifício" (a Sagrada Pedra de Abraão) foi eleito pelo rei David para construir um santuário que albergasse o objecto mais sagrado do judaísmo, a Arca da Aliança. As obras foram terminadas por Salomão no que se conhece como Primeiro Templo ou Templo de Salomão e cuja descrição só conhecemos através da Bíblia, já que foi profanado e destruído por Nabucodonosor II em 587 a.C., dando início ao exílio judaico na Babilónia. Uns anos depois foi reconstruído o Segundo Templo, que voltou a ser destruído em 70 d.C. pelos romanos, com a excepção do muro ocidental, conhecido como Muro das Lamentações, que ainda se conserva e que constitui o lugar de peregrinação mais importante para os judeus. Segundo a tradição judaica, é o sítio onde deverá construir-se o terceiro e último templo nos tempos do Messias.

23/10/2009

FRAGMENTO DA BÍBLIA, O MAIS ANTIGO DO MUNDO FOI ENCONTRADO NO MOSTEIRO DE STA CATERINA NO SINAI

Quarta-feira, 2 de Setembro de 2009
Académico tropeça numa secção inéditos do Codex Sinaiticus que remonta ao século 4


Nikolas Sarris académico britânico descobriu um manuscrito inédito do Codex Sinaiticus, que data de cerca AD 350, entre milhares de velhos livros e fotografias e de outros manuscritos na biblioteca do Mosteiro de Santa Catarina, no Egipto.
O Codex, manuscrito em grego, em pele de animal, é a mais antiga versão conhecida da Bíblia. As folhas de inestimável valor estão divididas entre quatro instituições, incluindo o Mosteiro de Santa Catarina e a Biblioteca Britânica, que detém a maior parte da Bíblia desde que a antiga União Soviética vendeu a sua colecção para a Inglaterra em 1933.

A ESTELA DE MERNEPTAH: FALA DE ISRAEL


A Stela Israel também conhecida como a Estela Merneptah é uma laje de pedra, que foi encontrado em 1896 em Tebas, no Egipto. O monumento foi encontrado onde tinha estado uma vez no antigo Egipto, no templo, que honrou o faraó Merneptah. Alguns referem-se a pedra como a "Estela da Vitória", porque os registos das campanhas militares e as vitórias do faraó Merneptah, o filho do poderoso Ramsés II, que reinou no Egipto por volta de 1215 aC., Durante o tempo dos juízes em Israel. A escrita na estela é em hieróglifos e muito claramente menciona o nome de Israel. Israel foi considerado pelo Faraó do Egipto, suficientemente importante para mencionar a vitória como significativa. Os hebreus tinham conquistado a terra de Canaã, por volta de 1400 aC
O período dos Juízes foi um período sombrio na história de Israel porque eles tinham abandonado continuamente o Senhor e serviram a outros deuses, e houve tumulto contínuo na terra de Israel.
Juízes 10:6 - E os filhos de Israel fizeram o mal de novo, à vista do SENHOR, e serviram aos baalins, ea Astarote, e aos deuses da Síria, e aos deuses de Sidom, e aos deuses de Moabe, e os deuses do filhos de Amom, e aos deuses dos filisteus, e abandonaram o Senhor, e não o serviram.
A descoberta da Estela Israel é muito importante no estudo da Arqueologia Bíblica. É a mais antiga evidência da existência de Israel na terra de Canaã, nos tempos antigos fora da Bíblia. O texto sobre a pedra lê:
"Canaã é pilhado com todo mau caminho. Ashkelon é conquistado e levado em cativeiro, Gezer apreendidos, Yanoam feita inexistentes; Israel é desperdiçado, nua de sementes".

O Merneptah Estela texto diz o seguinte:
De 5 anos, 3 meses de verão, dia 3, sob a majestade de Horus: Bull Poderoso, alegrai-vos na Maat, o Rei do Alto e Baixo Egipto: Banners-meramun; o Filho do Re: Merneptah, satisfeito com Maat, ampliada pela poder, exaltado pela força de Horus; touro forte, que fere os Nove Arcos, cujo nome é dado para toda a eternidade para sempre.Recital de suas vitórias em todas as terras, para que todas as terras junto sabe, deixar a glória de seus feitos ser visto: o Rei do Alto e Baixo Egipto: Banners-meramun; o Filho do Re: Merneptah, satisfeito com Maat, a Bull , senhor da força que mata os seus inimigos, esplêndida sobre o campo de valor quando o ataque é feito:Shu, que dissipou a nuvem que estava sobre o Egipto, deixando Egipto ver os raios do disco solar. Quem removeu a montanha de cobre da garganta do povo, que ele poderia dar fôlego para o povo aprisionado. Quem deixou Hut-Ka-Ptah exultar sobre os seus inimigos, deixando Tjenen triunfo sobre seus adversários. Abridor de portas Memphis ", que foram barrados, que permitiu que os templos para receber seus alimentos. O Rei do Alto e Baixo Egipto, Banners-meramun, o Filho de Re, Merneptah, satisfeito com Maat. O Sole Aquele que firmou o coração de centenas de milhares, respiração entrou nas narinas com a visão dele. Quem destruiu a terra dos Tjemeh em sua vida, elenco de terror permanente no coração do Meshwesh. Voltou os líbios que percorreu o Egipto, é grande o temor do Egipto em seus corações. Conduzindo as suas tropas foram deixados para trás, as pernas presas excepto para fugir, os seus arqueiros abandonaram os arcos,Os corações dos seus corredores como eles cresceram fracos, soltaram seus odres, lançá-los para baixo, as suas cargas foram deixadas, lançadas fora. O chefe da vil, o inimigo da Líbia, fugiram no profundo da noite sozinho, os pés descalços, as suas mulheres foram realizadas fora de sua presença, de fornecimento a sua comida foram arrebatados, Ele não tinha água potável para sustentá-lo. O olhar e as suas irmãs era ferozes para matá-lo, os seus oficiais lutavam entre si, as suas tendas foram desfeitas, feitas em cinzas, todos os seus bens foram alimentos para as tropas. Quando a noticia chegou ao seu país estavam de luto, estavam relutantes os que receberam o mensageiro "Um chefe, malogrado, sem vitória", isto foi o que dissera dele, os da sua cidade. "Ele está no poder dos deuses, os senhores de Memphis O Senhor do Egipto, fez o seu nome maldito; Merey é a abominação de Memphis, assim é o filho após filho dos seus parentes para sempre. Banners-meramun será depois de seus filhos, Merneptah, satisfeito com Maat lhe é dado como destino. Ele se tornou um ditado [proverbial] para a Líbia, diz geração em geração de suas vitórias: Nunca foi feito para nós desde o momento da Re; "Então, diz que cada homem velho fala ao seu filho. …Esta (também) deve ser dito: Merey inimigo o vil, o inimigo líbias vir a atacar as paredes de Ta-tenen, senhor de quem tinha feito o seu filho surgir em seu lugar, O Rei do Alto e Baixo Egito, Banners-meramun, Filho de Re, Merneptah, satisfeito com Maat. Então disse Ptah sobre o inimigo vil líbio: "Seus crimes estão todos reunidos em cima de sua cabeça. Dá-lhe na mão de Merneptah, satisfeito com Maat, Ele deve fazê-lo vomitar o que ele empanturrados como um crocodilo. Lo, a Swift vai pegar o Swift, o Senhor que sabe que sua força será o laço; É Amun freios que ele com a mão, ele vai entregá-lo ao seu ka no Sul On, O Rei do Alto e Baixo Egito, Banners-meramun, Filho de Re, Merneptah , satisfeito com Maat ".

Grande alegria surgiu no Egipto, grita ir até de cidades do Egito, eles se relacionam as vitórias da Líbia de Merneptah, satisfeito com Maat: "Como ele é amado, o governante vitorioso! Como ele é exaltado, o Rei entre os deuses! Como é esplêndida Ele, o Senhor de comando! O quão doce é para sentar no cadeira! " caminha livre caminhando na estrada, pois não há medo no coração das pessoas; Fortalezas são abandonados a si mesmas, os poços são abertos para uso de mensageiros ". Muralhas são protecção, só a luz acorda os guardas; Medjai estão esticados a dormir, Nau e Tekten estão nos campos que amam. O gado do campo são deixadas para vaguear, Sem os pastores cruzam o rio; Não há chamado à noite: "Espere, eu venho", na voz de um estranho. Ir e vir é com música, as pessoas não [lamentar] lamentam e que as cidades sejam resolvidos mais uma vez, que tende a sua colheita vai comê-lo. Re se virou para o Egipto, o filho é ordenado como seu protector, o rei do Alto e Baixo Egito, Banners-meramun, Filho de Re, Merneptah, satisfeito com Maat.Os príncipes estão prostrados dizendo: "Shalom!" Não é um dos Nove Arcos levanta a cabeça: Tjehenu é vencido, Khatti em paz, Canaã é cativo com toda a desgraça. Ashkelon é conquistada, Gezer apreendidos, Yanoam feita inexistentes; Israel é despedaçado, nua de sementes, Khor é tornar-se uma viúva para o Egipto. Todos os que vagavam foram abafadas. Pelo Rei do Alto e Baixo Egito, Banners-meramun, Filho de Re, Merneptah, satisfeito com Maat, deu vida a cada dia como Re.

16/10/2009

O PAPIRO DE IPUWER E AS DEZ PRAGAS DO EGIPTO

(PAPIRO IPUWER)
O Papiro Ipuwer Ou Lamentações de Ipuwer é um antigo papiro Egípcio. É atualmente mantido na Rijksmuseum van Oudheden de Leyden, na Holanda. Está marcado Papiro de Leiden I 344 recto.
O manuscrito data do Império Novo (século XIII aC) como provável uma transcrição de um texto anterior do século XIX e XVII aC sobre o Primeiro Período Intermediário [1]
Seu primeiro proprietário (Anastasia) afirma que ele foi encontrado em Memphis em torno das pirâmides de Saqqara. (The Age of Chaos. Velikoski) descreve uma série de desastres naturais e agitações sociais que entram no Memphis Unido, puxando uma visão sombria do Egito, provavelmente objetivo da situação sócio-económica do país no final do Império Antigo. O texto, cujo início está incompleto, uma clara tendência para a instabilidade política provocada pela revolução social e económica no Egito, lamenta ter de ver o país invadido pelos beduínos nómades, o ateísmo, o desespero das crianças e dos adultos, cadáveres que enchem o sagrado rio Nilo de cadáveres, a fúria popular que grassa em arquivos do Estado, a propriedade dos nobres, os túmulos dos faraós, são atribuídas à fraqueza do rei, cuja negligência é abertamente criticada.
Marcos Guterman, analisa o texto do biólogo Roger Wotton, da University College London, divulgado na revista académica Opticon 1826, onde se afirma que “as pragas do Egipto, que desmoralizaram o faraó e acabaram por levar à libertação dos hebreus, tiveram causas naturais” – como resumiu Guterman. A análise do biólogo também foi manchete no Time: “Pragas do Egipto 'causadas pela natureza, não Deus' ”.
Apesar de alardear, o seu estudo é raso e apresenta conclusões fantasiosas. Nada digno da alcunha “ciência”, como garantiu Guterman. A explicação para as dez pragas, que elimina a possível intervenção de Deus, é resumidamente a seguinte:
A verdadeira (e mirabolante) causa das pragas
Depois de um período de falta de chuva, aconteceu uma dramática mudança de tempo. Fortes chuvas fizeram com que sedimentos da terra caíssem na água. “Como os sedimentos eram vermelhos, aconteceu uma dramática mudança de coloração do rio”, explica Wotton. Essa é a primeira praga relatada no livro de Êxodo. Segundo o biólogo, o excesso de sedimento matou os peixes, resultando num cheiro desagradável da putrefacção dos corpos.
Por acaso, migrou uma grande quantidade de rãs, que depositaram seus ovos no terreno arenoso, humedecido pela recente inundação. Por ocasião do nascimento dos insectos, houve explosão de rãs no Egipto. O ambiente encharcado, somado aos peixes em estado de putrefacção, torna-se ideal para a proliferação de piolhos (3ª praga) e moscas (4ª praga). Essas moscas, por sua vez, em busca de sangue para se alimentar, vão ao encontro dos animais e do homem, espalhando infecção por todos os lados. Acontece então a peste nos animais (5ª praga) e as úlceras nos humanos (6ª praga). De acordo com Wotton, foi nesse tempo também que os gafanhotos foram em busca de comida e devoraram as plantações dos egípcios (8ª praga).
Após estes acontecimentos, teria acontecido um aquecimento na região, a mudança repentina das massas de ar que teria gerado chuva de granizo (7ª praga). Este seria também o tempo das trevas (9ª praga) que cobriram o Egipto. A Bíblia, entretanto, fala de três dias de escuridão total. Wotton sugere a possibilidade de serem “dias míticos”, com duração diferente do que conhecemos hoje.
Por fim, Wotton assume não ter posição definida quanto à morte dos primogénitos (10ª praga), mas arrisca: eles podem ter morrido por alguma doença infecciosa.
É interessante como hoje, pessoas ilustres e académicos podem se dar ao luxo de escrever devaneios e chamarem isso de Ciência (com letra maiúscula).
Como surgem os mitos
Para Wotton, o mítico foi somado à história original da libertação de Israel, porque “este é um relato escrito gravado seguindo gerações de transmissão verbal, com a inevitável distorção dos resultados”. Assim teria surgido a lenda.
Acontece que as evidências apontam para Moisés como autor do livro de Êxodo. Assim, não se trataria de uma história passada e repassada, mas escrita por uma testemunha ocular – e mais que isso, o protagonista.
Duas vezes o livro de Êxodo declara que Deus falou a Moisés para escrever os acontecimentos ou as leis num livro (17:14; 34:27) e também diz que “Moisés escreveu todas as palavras do Senhor” (24:4). Estas reivindicações internas também são encontradas em outros livros do Antigo e Novo Testamento.
Outros argumentos a favor da autoria mosaica: (1) todo o Pentateuco – formado pelos cinco primeiros livros da Bíblia e que são atribuídos tradicionalmente à autoria de (MOISÉS COM AS TÁBUAS DA LEI) Moisés – contém características idênticas de estilo e essas peculiaridades são ao mesmo tempo distintas do restante do Antigo Testamento; (2) em todo o esboço de Êxodo, nota-se que o livro foi composto e planeado por uma única mente e não se trata de uma obra grosseira de retalhos; (3) devido às vívidas descrições do texto, o autor foi claramente uma testemunha ocular dos eventos; (4) o autor informa costumes detalhados do povo de Israel e demonstra íntimo conhecimento da terra e da rota do êxodo, o que corrobora a ideia de que o autor era um judeu educado, que em algum momento viveu no Egipto (ver Act 7:22) e que era familiarizado com parte da Península do Sinai; (5) o Pentateuco contém a maior percentagem de palavras egípcias de todo o Antigo Testamento e arcaísmo que remetem o texto ao tempo da 18ª Dinastia, a época mais provável em que Moisés viveu.
Quando a Galileu também desvendou o mistério
Em “Arqueologia da Bíblia”, reportagem da revista Galileu em Abril de 2004, o assunto das dez pragas também foi analisado. A explicação do milagre também é bastante hipotética. Leia abaixo o texto como foi publicado.
Pode ter ocorrido na época uma sucessão de catástrofes ecológicas encadeadas, que teriam começado com a poluição do Nilo por partículas de terra vermelha associadas a algas nocivas. A poluição teria forçado rãs e sapos a saírem para terra firme e morrerem de fome, deixando moscas e mosquitos livres para se reproduzirem. A mortandade dos animais e as úlceras estariam ligadas a doenças transmitidas pelas moscas e mosquitos. A escuridão seria uma chuva de granizo particularmente forte, na qual a areia húmida se tornou depósito de ovos de gafanhotos. A morte dos primogénitos estaria ligada a toxinas produzidas nos cereais armazenados em virtude da chuva. Como os primogénitos eram os filhos mais importantes, provavelmente teriam sido os primeiros a alimentar-se, ingerindo os grãos contaminados.
Flavio Josefo, historiador judeu do I século d.C., na sua obra Josefo contra Apion, menciona dois sacerdotes egípcios: Maneto e Queremon que em suas histórias sobre o Egipto nomearam José e Moisés como líderes dos hebreus. Também confirmaram que migraram para a "Síria sulista", nome egípcio da Palestina.

MUSEU DO CAIRO.
Sappho poem an old age
Papyros-POxy3679_parts_Plato_Republic.

PAPIRO ARTEMIDORO

13/10/2009

BABEL: O PRIMEIRO CENTRO ECUMÉNICO

Cada cidade-estado da Suméria era governada por um patesi que seria ao mesmo tempo o supremo sacerdote e chefe militar absoluto. Os deuses regionais eram os proprietários de todas as terras a quem os homens deveriam servir, sendo as cidades as suas cidades terrenas. Qualquer cidade digna deste nome, deveria construir um templo ao deus patrono, este tornava-se o centro da cidade. Estes templos eram construídos em forma de pirâmide e eram chamados zigurates. Eram construções de tijolos maciços, eram o santuário de adoração e o lugar por excelência para o deus habitar, visitar o povo e derramar as suas bênçãos ou maldições.Os templos ou zigurates eram para os sumérios a ligação entre o céu e a terra. Provavelmente, o sonho de Jacó visualizando uma escadaria que vinha do céu em direcção à Terra, tenha relação directa com essa imagem cultural ainda presente na sua época (Gén. 28:10-22).Diferentes dos egípcios, os governantes da Mesopotâmia, salvo raras excepções, não eram tidos como deuses, mas eram considerados os seus representantes e intermediários. Facto que lhes concedia grande supremacia sobre o povo, era vista de algum modo que a autoridade que exerciam era divina e não podia ser posta em causa. Ninrode viu nesta "política divina" a oportunidade de unificar politicamente a região e ter o controle sobre as cidades-estados que viviam em constantes conflitos. Ao apresentar-se pela sua sabedoria e força como líder estabeleceu que estas fluíam não só de todos os deuses das regiões da terra, as também do Deus do céu. Foi por isso que ele empreendeu o maior projecto arquitectónico de todos os tempos: construir o mais gigantesco de todos os zigurates, a torre de Babel.O nome do edifício foi escrito a dedo. Babel (que os hebreus propositadamente chamavam Bavel, "confusão") vem do acadiano bab-ilu que quer dizer "portal de Deus". Com isso os seus construtores queriam dizer que, enquanto os deuses menores usavam os zigurates locais para se comunicar com o povo, o chefe dos deuses (Anu ou Enlil) usava o zigurate de Babel para descer a Terra. Portanto todos os povos deveriam estar ali para adora-lo, mesmo que fossem devotos de outro deus local. Babel era o local de principal convergência dos deuses e dos povos. Era o testemunho da fraternidade “ecuménica” que traria paz, prosperidade e dessa unidade resultaria uma terra mais fértil. Em 1872, George Smith descobriu um tablete cuneiforme que trazia o seguinte relato acerca da edificação de um zigurate que provavelmente poderia ter sido a torre de Babel:"A Edificação desta torre ofendeu a todos os deuses. Numa noite eles [deitaram abaixo] o que homem havia construído e impediram o seu progresso. Eles [os construtores] foram espalhados e sua língua se tornou estranha."Novamente a arqueologia encontrou uma evidência do relato bíblico, dessa vez da confusão de línguas ocorridas em Babel. Um outro fragmento de tablete foi encontrado posteriormente, contendo 27 linhas. O texto é uma carta endereçada ao "senhor de Arrata". O remetente desconhecido solicita ao rei que lhe permita ser seu vassalo, pois os tempos estavam muito difíceis. Ele, então, relembra ao monarca que houve uma era de ouro na Mesopotâmia em que havia "harmonia nos idiomas da Suméria" e "todo o universo, em uníssono [adorava] a Enlil numa só língua..."Actualmente, vários zigurates parcialmente preservados foram localizados na região do Iraque. Muitos deles datam de mais de 2.000 anos antes de Cristo e podem ter sido construídos nos dias de Ninrode. Difícil é saber se algum deles é, porventura, o que restou da torre de Babel. Mas, de qualquer forma, é interessante observar que os seus tijolos são queimados e colados com betume, justamente como a Bíblia descreve o processo de construção da torre em Génesis 11:3.
Segundo a Bíblia, o reinado de Nimrod incluía as cidades de Babel, Arac (Araque), Acad e Calene (Calné), todas na terra de Sinear ou Senaar (Génesis 10:10). Foi, provavelmente, sob o seu comando que se iniciou a construção de Babel e da sua torre. Tal conclusão está de acordo com o conceito judaico tradicional.
Sobre este homem, Josefo escreveu: "Pouco a pouco, transformou o estado de coisas numa tirania, sustentando que a única maneira de afastar os homens do temor a Deus era fazê-los continuamente dependentes do seu próprio poder. Ele ameaçou vingar-se de Deus, se Este quisesse novamente inundar a terra; porque construiria uma torre mais alta do que poderia ser atingida pela água e vingaria a destruição dos seus antepassados. O povo estava ansioso de seguir este conselho, achando ser escravidão submeter-se a Deus; de modo que empreenderam construir a torre [...] e ela subiu com rapidez além de todas as expectativas." — Jewish Antiquities (Antiguidades Judaicas), I, 114, 115 (iv, 2, 3)

09/10/2009

MOEDAS DE PÔNCIO PILATOS

Moeda cunhadas no tempo de Pôncio Pilatos entre o ano 29 e 31 era cristã
As moedas não são raras nem especiais, nem tão pouco de grande valor económico. No entanto, estas moedas poderiam circular na bolsa de couro de qualquer pessoa. Elas tomam uma dimensão tão importante pelo facto das consequências históricas e cósmicas que teve na fundação do Cristianismo e no Plano de Salvação, assente na morte de Jesus Cristo.
1- Importância Tempo: a maioria dos especialistas modernos concorda em reconhecer que o ano 30dC, foi o ano do julgamento e morte de Jesus. A importância das moedas reside no facto de ser mandadas cunhar entre 29 e 31.
2- Importância Geográfica: a hipótese mais credível indica que estas moedas foram cunhadas em Jerusalém, a cidade em que se passaram os eventos mais significativos.
3- Importância Pôncio Pilatos: estas moedas foram mandadas cunhar e postas em circulação pelo homem que julgou Jesus.
Obviamente, estas moedas não trazem nenhuma novidade para os crentes nas Sagradas Escrituras. Os achados arqueológicos são mais que muitos a confirmarem a maioria dos episódios relatados na Bíblia.
FABRICO E CIRCULAÇÃO:
Embora os governadores tivessem a sede em Cesaréia, capital administrativa da Província, o dinheiro era feito e cunhado em Jerusalém, representativa de Israel.
Outro facto relevante, as moedas de Pilatos estiverem em uso durante 35 anos. Elas foram descobertas entre outras moedas em uso e outros utensílios da mesma época em casas destruídas muito provavelmente no ano 70, aquando da destruição de Jerusalém por Tito.
Outro detalhe importante tem haver com a circulação. Moedas cunhadas por Pilatos foram encontradas fora da fronteira da Judeia como em Antioquia, na actual Turquia, ou seja a 500 quilómetros de Jerusalém, onde foram cunhadas. Outras foram encontradas na Jordânia.
OS SIMBOLOS E OS TEXTOS:
O Simpulum e as espigas de cevada.

Um símbolo bastante frequente da religião romana da época, o simpulum era um utensílio usado pelos sacerdotes durante as cerimónias religiosas. O simpulum trata-se de uma pequena concha, com um cabo, permitia aos sacerdotes provar o vinho que se derramava sobre a cabeça de um animal destinado ao sacrifício. O sacerdote depois de ter derramado o vinho e ter imolado o animal, analisava as vísceras do animal e “lia” as mensagens enviadas aos homens pelos deuses. Estas moedas, tornam-se também importantes, ao revelarem os hábitos, costumes e praticas religiosas daquele tempo.
Outro símbolo que se encontra nas moedas são as espigas de cevada. Três espigas de cevada são frequentes no verso da moeda. Ou seja, de um lado o simpulum e do outro as espigas de cevada. Por aqui podemos ver que estas moedas por uma lado entravam em conflito com a fé judaica, o sacerdote que lê as vísceras para entender a mensagem dos deuses – o Deus do céu fala directamente pelos profetas – por outro lado, a cevada era considerada uma bênção de Deus.
O Lituus.
O Lituus era um bastão de madeira que o augúrio (advinho) tinha na mão direita, e simbolizava a sua autoridade, a sua vocação pastoral. O bastão era levantado em direcção ao céu e os sacerdotes invocavam os deuses e faziam previsões. É interessante notar que a cruz usada na actualidade é descendente directo do Lituus.