29/12/2009

COMBATE ENTRE DAVID E GOLIAS





Arqueólogos da Universidade de Tel Safi, em Israel, anunciaram nesta quinta-feira o encontro de uma vasilha de argila com as inscrições mais antigas já noticiadas dos filisteus, que evocam dois nomes extraordinariamente parecidos a Golias, avalia um comunicado da instituição. Os vestígios podem confirmar a existência do gigante Golias e inclusive de sua batalha contra Davi, narradas na Bíblia, disseram os pesquisadores.
As inscrições datam do século X ou IX antes de Cristo, e contêm dois nomes não semíticos, "Alwt" e " Wlt", que, segundo o professor Aaron Demsky, são similares às letras utilizadas para se escrever Golias no alfabeto antigo. Além disso, "o contexto cronológico da inscrição data de apenas cem anos depois da existência de Davi, levando em consideração a história bíblica.
Isso provaria que o combate de Golias presente nas Escrituras teria ocorrido nesse período, e não nos últimos anos da Idade do Ferro, como muitos têm afirmado ultimamente, afirmaram os pesquisadores.

28/12/2009

A ESTÁTUA DE OURO OU O BEZERRO DO SINAI

"UMA estatueta em ouro - bezerro - apoia a história de Moisés e dos israelitas idólatras", escreveu a Revista Time. Até agora, não se tinha encontrado qualquer objecto nas ruínas cananeias anteriores ao Êxodo dos Israelistas. Mas, em Junho de 1990, nas ruínas da antiga cidade de Ascalom, Israel, uma equipa de arqueólogos encontrou unas escavações ali efectuadas um bezerro de 12,5 centimetros de comprimento, feito de bronze, cobre e prata. O bronze foi, pelos vistos, polido para brilhar como o ouro. Lawrence Stager, director da equipa, pensa que o bezerro remonta a 1550 a.C., antes dos israelitas consquistarem Canaã. Stager sugere que o bezerro pode ter sido usado na adoração ao deus pagão EL, ou ao seu filho Baal, e que pode ter sido um protótipo dos bezerros de ouro mencionados na Bíblia.

20/12/2009

ARCA DA ALIANÇA V

ARCA DA ALIANÇA IV

ARCA DA ALIANÇA III


"Entre os justos que ainda restavam em Jerusalém, a quem tinha sido tornado claro o propósito divino, alguns havia que se determinaram colocar além do alcance das mãos cruéis a sagrada arca que continha as tábuas de pedra sobre a qual haviam sido traçados os preceitos do decálogo. Isto eles fizeram. Com lamento e tristeza esonderam a arca numa carvena, onde devia ficar ouculta do povo de Israel e de Judá por causa de seus pecados, não mais sendo-lhes restituída. Esta sagrada arca ainda está oculta. Jamasi foi perturbada desde que foi escondida.
Patriarcas e Profetas, p. 453

A ARCA DA ALIANÇA II



"Entre os justos que ainda restavam em Jerusalém, a quem tinha sido tornado claro o propósito divino, alguns havia que se determinaram colocar além do alcance das mãos cruéis a sagrada arca que continha as tábuas de pedra sobre a qual haviam sido traçados os preceitos do decálogo. Isto eles fizeram. Com lamento e tristeza esonderam a arca numa carvena, onde devia ficar ouculta do povo de Israel e de Judá por causa de seus pecados, não mais sendo-lhes restituída. Esta sagrada arca ainda está oculta. Jamasi foi perturbada desde que foi escondida.
Patriarcas e Profetas, p. 453

A ARCA DA ALIANÇA I

TEMPLO DE SALOMÃO

19/12/2009

JERICÓ

Heb. Yerichô, “cidade do (deus) lua”, ou “lugar da fragrância”; Gr. Iericho.
Uma cidade importante no vale do Jordão, por vezes apelidada de “a cidade das palmeiras” (Dt 34:3; Jz 1:16; Jz 3:13; 2Cr 28:15). Localiza-se cerca de 8 km a oeste do rio, cerca de 13 km a norte do Mar Morto e 24 km a nordeste de Jerusalém em linha recta, na base das montanhas da Judeia, na zona mais alta do Vale do Jordão. Situa-se 250 metros abaixo do nível do mar mas a 140 metros acima do leito do rio. Possui um clima quase tropical. Por isso crescem ali palmeiras e actualmente também bananeiras.
Embora as escavações efectuadas mostrem que Jericó é uma das mais antigas cidades do mundo, não é mencionada em nenhum registo antigo, para além da Bíblia. Quando os israelitas invadiram Canaan, Jericó, que se situava na principal estrada que ligava o Este ao Oeste, foi o seu primeiro obstáculo na invasão da Palestina Ocidental. Uma vez que foi a primeira cidade a ser conquistada na Terra Prometida, Josué declarou que os seus tesouros seriam dedicados a Deus como oferta (Js 6:17-19). A história da sua queda é bem conhecida. Foram enviados homens para espiar a terra. Raabe mostrou-se hospitaleira para com eles, protegendo-os e ajudando-os a escapar quando foram perseguidos pelos habitantes de Jericó. Como recompensa por tê-los ajudado e também pela sua fé no Deus dos israelitas, os espiões prometeram salvar-lhe a vida e os bens, uma promessa que foi fielmente cumprida (Js 2:1-22, Js 6:22, 23, 25). Depois que os israelitas atravessaram o Jordão, acamparam em Gilgal, perto de Jericó (Js 5:10) e marcharam à volta da cidade uma vez por dia durante seis dias. No sétimo dia marcharam à volta da cidade sete vezes e depois, ao sinal das trombetas, gritaram.

Nesse momento, os muros da fronteira ruíram (Js 6:8-21). Os israelitas entraram na cidade, destruíram os seus habitantes, com excepção de Raabe e da sua família e queimaram tudo, excepto determinados objectos que seriam usados no santuário (Js 6:1-21, 24). Josué, então, pronunciou uma maldição sobre todo aquele que tentasse reconstruir Jericó no futuro (Js 6:26).
Embora a cidade, como tal, não fosse reconstruída até aos dias de Acabe, houve quem morasse nas suas proximidades, pois o nome continuou a ser usado (ver 2Sm 10:5). Na divisão do país, Jericó encontrava-se na fronteira entre Efraim e Benjamim, tendo sido atribuída a Benjamim (Js 16:1, 7; Js 18:12, 21). Eglom, o rei de Moabe, oprimiu os israelitas no início do período dos juízes e tomou Jericó para si (Jz 3:13). Os mensageiros de David, ao voltarem do encontro com o rei amonita, que os insultou, rapando-lhes metade das suas barbas, permaneceram em Jericó até estas voltarem a crescer (2Sm 10:5; 1Cr 19:5). No tempo de Elias, Hiel reconstruiu a cidade e, de acordo com a maldição pronunciada por Josué, perdeu dois dos seus filhos (1Rs 16:34). Ainda no tempo do profeta Elias, viveu em Jericó uma comunidade de profetas (2Rs 2:4, 5, 15, 18) e mais tarde, Eliseu sarou a fonte das águas ali existente (2Rs 2:19-22). Um século mais tarde, Jericó foi o cenário da libertação de cativos de Judá, capturados pelo exército do rei Peca, de Israel (2Cr 28:15). Nos últimos dias do reino de Judá, o exército babilónico capturou Zedequias nas proximidades de Jericó (2Rs 25:5; Jr 39:5; Jr 52:8). A população de Judá deve também ter sido levada cativa porque 345 descendentes dos seus antigos habitantes voltaram do exílio babilónico com Zorobabel (Ed 2:34; Ne 7:36). Algumas pessoas de Jericó ajudaram Neemias a reconstruir o muro de Jerusalém (Ne 3:2).
Jericó volta a ser mencionada no período dos macabeus, quando Baquides, o general sírio, recuperou as suas fortificações (I Mac 9:49, 50). António deu a cidade a Cleópatra como estância de Verão. Quando Herodes, o Grande, mais tarde a recebeu como presente de Augusto, embelezou-a, construiu lá um palácio e erigiu uma fortaleza por trás da cidade chamada Cypros. Herodes, o Grande, morreu em Jericó.
Jesus passou pela Jericó do NT (Lc 19:1), que se situava a Sul e a Este da cidade do VT, à entrada do Wâdi Qelt, pelo qual passava a estrada que se dirigia a Jerusalém. Jericó era a cidade natal de Zaqueu, de cuja hospitalidade Jesus gozou e cuja conversa se encontra registada nos vers. 1-10. Foi perto da Jericó do NT que Jesus curou o cego Bartimeu e o seu companheiro (Mt 20:29-34; Mc 10:46-52; Lc 18:35-43). A actual cidade de Jericó, chamada Erîkha, foi fundada no tempo das cruzadas e situa-se a este da Jericó do NT e a sudeste da Jericó do VT.
Por causa da sua grande importância bíblica e histórica, Jericó tem recebido a atenção de várias expedições arqueológicas. A cidade do VT tem sido identificada com Tell es-Sultân, na extremidade norte da actual Jericó. Em 1868, Charles Warren realizou algumas explorações preliminares que não aumentaram materialmente o nosso conhecimento sobre a história antiga da cidade. Entre 1907 e 1909, Ernest Sellin e Carl Watzinger escavaram partes do monte mas viram as suas ruínas confundidas e perturbadas por construções posteriores e pela erosão. Uma vez que a arqueologia palestiniana ainda se encontrava no seu início, as conclusões destes eruditos foram insatisfatórias e mais tarde tiveram que ser revistas, quando algumas explorações levadas a cabo noutros locais mostraram que as suas interpretações de determinadas provas não poderiam ser mantidas. John Garstang que realizou algumas escavações em Jericó durante seis épocas, entre 1930 e 1936, descobriu um cemitério do final da Idade do Bronze, o local onde eram sepultados os habitantes de Jericó até 1350 AC, tal como indicam as inscrições de determinados selos egípcios. O que restou das fortificações da cidade era tão confuso, que algumas muralhas foram mal identificadas, tal como mostram escavações posteriores.
A interpretação que Garstang faz da história arqueológica da cidade está agora desactualizada e não necessita de ser repetida aqui. Entre 1952 e 1957, Kathleen M. Kenyon realizou escavações em Jericó, usando os últimos métodos científicos. Descobriu outro cemitério, túmulos de meados da Idade do Bronze, incluindo equipamento funerário, tais como mesas de madeira, bancos e pratos, víveres em vasilhas, roupas, cestos, etc., tudo espantosamente preservado, devido à infiltração de gases letais que mataram os germes, evitando, assim, a desintegração daquele material antigo que, de outro modo, nunca se preservaria na Palestina. As escavações realizadas no próprio local puseram a descoberto níveis de ocupação de tempos primordiais. Mostraram que Jericó já era uma cidade muito antes de existir qualquer tipo de cerâmica. Na realidade, parece que as muralhas da cidade e as suas torres são as mais antigas alguma vez descobertas no Próximo Oriente. A cidade foi destruída várias vezes, tendo sido posto a descoberto o que restou de sete muralhas sucessivas do início da Idade do Bronze (3º milénio AC). A última destas muralhas foi destruída por um tremor de terra. Nessa altura, a “cidade” tinha cerca de 230 metros de extensão e não mais de 76 metros de largura. Em meados da Idade do Bronze, o período Hiksos, foi alargada para uma extensão de cerca de 260 metros e uma largura de cerca de 130 metros, sendo rodeada por uma grande muralha de pedra com uma ribanceira levemente escarpada. Esta cidade foi destruída por um dos reis egípcios da 18ª dinastia no século XV AC. Nada foi encontrado das muralhas do final da Idade do Bronze. Estas muralhas terão sido as que foram destruídas no tempo de Josué. Infelizmente, as forças do homem e da natureza parecem ter desnudado os níveis superiores do monte numa tal extensão, que praticamente nada restou deles. As escavações de Kenyon puseram a descoberto somente uma pequena parte da cidade, uma porção superficial que datava da Jericó de Josué. No sopé da encosta, algumas das últimas estruturas construídas em Jericó (na Idade do Ferro, por volta de 1200 AC) foram postas a descoberto.
Embora os resultados das escavações tenham tido bastante interesse para os arqueólogos e tenham lançado alguma luz sobre a história e sobre os primórdios desta importante cidade, pouco contribuíram com algo de interessante para o estudante da Bíblia. Contudo, os cemitérios de Jericó mostraram que, como locais de sepultamento, deixaram de ser usados no século XIV, o que poderá ser considerado como prova de que a cidade não poderia ter sido destruída muito depois desse período.
Uma porção da Jericó do NT, nomeadamente Tulûl Abu el-‘Alâyiq, foi escavada entre 1951 e 1952 pela Escola Americana de Investigação Oriental de Jerusalém, sob a direcção de J. L. Kelso e J. B. Pritchard e novamente por E. Netzer da Universidade Hebraica de Jerusalém, entre 1972 e 1974. As escavações puseram a descoberto partes do magnífico palácio de inverno de Herodes, que tinha uma fachada de 100 metros de extensão e uma piscina, provavelmente a mesma em que Herodes mandou que afogassem o seu cunhado Aristóbulo III, o sumo sacerdote.

OSSÁRIO DO SUMO SACERDOTE CAIFÁS

Caifás em grego: Καϊάφας; em hebraico: יוסף בַּר קַיָּפָא; transl.: Yosef Bar Kayafa; AFI: joˑsef bar qayːɔfɔʔ; "José, filho de Caifás", no Novo Testamento, foi, entre 18 e 37 d.C., o Sumo Sacerdote judaico, apontado pelos romanos para o cargo. AMixná (Parah 3:5) se refere a ele como Ha-Koph ("O Macaco"), trocadilho com seu nome, por ter se oposto ao Mishnat Ha-Hasidim. De acordo com alguns trechos do Novo Testamento, Caifás participou do julgamento de Jesus no Sinédrio, supremotribunal dos judeus, após a prisão deste no Jardim de Getsêmani.

Ossuário de Caifás o Sumo Sacerdote
Ossário de Caifás o Sumo Sacerdote
A.D. 18-37. Aparentemente, obteve esta posição através do casamento com a filha de Anás, chefe de um poderoso clã de sumo-sacerdotes ( João 18:13 ). Caifás é considerado vil por ter sido o líder na conspiração que culminou na crucifixão de Jesus. Numa reunião de líderes religiosos, Caifás declarou que "vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça a nação toda" ( João 11:50 ). Ele se referia à possível intervenção de autoridades romanas caso os ensinamentos de Jesus gerassem uma insurreição. Suas palavras foram proféticas no sentido em que Jesus morreu pelas pessoas, por todas elas do mundo, como sacrifício de expiação dos pecados.

Após ter sido preso, Jesus foi levado à casa de Caifás e ali detido pela noite. Os guardas zombavam dele e feriam-no ( Lucas 22:63-65 ). Na manhã seguinte Ele foi interrogado e novamente agredido. Caifás perguntou-lhe: "És tu o Cristo (Messias), o Filho do Deus bendito?" “Eu sou”, Jesus respondeu ( Marcos 14:61-62 ). Caifás então entregou Jesus a Pilatos para ser julgado.

Após a crucificação de Jesus, Caifás continuou a perseguir a igreja primitiva, levando os apóstolos a líderes religiosos e dizendo-lhes: "Não vos admoestamos expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem (Jesus)." Pedro e os outros apóstolos responderam: "Importa antes obedecer a Deus que aos homens" ( Atos 5:28-29 ).

A tumba da família de Caifás foi acidentalmente descoberta por operários que construíam uma estrada em um parque ao sul da Antiga Jerusalém. Os arqueologistas foram então ao local em regime de urgência e encontraram 12 ossuários (caixas para ossos feitas de calcáreo) ao examinar o local contendo os restos mortais de 63 indivíduos. O ossuário mais ornamentado tinha a inscrição de nome "José filho de (ou da família de) Caifás." Este era o nome completo do sumo sacerdote que prendeu Jesus, documentado como Josephus (Antiguidades 18: 2, 2; 4, 3). No seu interior existiam os restos de um homem de 60 anos, que quase certamente pertenciam ao mesmo Caifás do Novo Testamento. Este memorável achado provê, pela primeira vez, os restos físicos de um indivíduo descrito na Bíblia.

18/12/2009

ROMA TERRA DE CÉSARES E DE MÁRTIRES

Martírio de São Máximo, sob o império de Décio (249-251)
Máximo era um cristão da Ásia Menor, que nos é conhecido pelo documento do seu martírio. Ele denunciara-se voluntariamente como cristão, com uma atitude que a Igreja não aprovava totalmente, mas foi corajoso e superou a prova.
"O imperador Décio, querendo expulsar e abater a lei dos cristãos, emanou alguns editos para o orbe todo, nos quais intimava que todos os cristãos abandonassem o Deus vivo e verdadeiro e sacrificassem aos demônios; quem não quisesse obedecer, devia submeter-se aos suplícios.
Naquele tempo, Máximo, homem santo e fiel ao Senhor, declarou-se espontaneamente cristão: ele era um plebeu e exercia o comércio. Preso, foi levado diante do procônsul Ótimo, na Ásia.
O procônsul perguntou-lhe: "Como te chamas?".
Ele respondeu: "Chamo-me Máximo".
Perguntou o procônsul: "Qual é a tua condição?"
Máximo respondeu: "Nascido livre, mas servo de Cristo".
Perguntou ainda o procônsul: "Quais as atividades que exerces?"
Respondeu Máximo: "Sou plebeu e vivo do meu comércio".
Disse o procônsul: "És cristão?"
Respondeu Máximo: " Embora pecador, sou cristão".
Disse o procônsul: "Não conheces os decretos dos invencíveis soberanos que foram promulgados recentemente?"
Respondeu Máximo: "Quais decretos?"
Explicou o procônsul: "Os que ordenam que todos os cristãos, abandonando sua vã superstição, reconheçam o verdadeiro soberano ao qual tudo é submetido, e adorem os seus deuses".
Respondeu Máximo: "Cheguei ao conhecimento do iníquo edito emanado pelo soberano deste mundo e, justamente por isso, declarei-me publicamente cristão". O procônsul intimou: "Sacrifica, então, aos deuses!"
Máximo replicou: "Eu não sacrifico a não ser ao único Deus, e glorio-me de ter sacrificado a ele desde a infância".
O procônsul insistiu: "Sacrifica, para que sejas salvo. Se te recusares, eu te farei morrer em meio a torturas de todos os gêneros".
Máximo respondeu: "É justamente o que sempre desejei: é por isso, de fato, que me declarei cristão, para obter finalmente a vida eterna, logo que for libertado desta mísera existência temporal".
O procônsul, então, fê-lo bater com varas e, enquanto era vergastado, dizia-lhe: "Sacrifica, Máximo, para libertar-te destes tormentos horrorosos".
Máximo respondeu: "Não são tormentos, mas unções que me são infligidas por amor de nosso senhor Jesus Cristo. Se afastar-me dos preceitos do meu Senhor, nos quais fui instruído por meio do seu evangelho, então sim, estarão esperando-me os verdadeiros e perpétuos tormentos da eternidade".
O procônsul fê-lo colocar, então, no cavalete e, enquanto era torturado, dizia-lhe insistentemente: "Arrepende-te da tua loucura, miserável, e sacrifica, para salvar a tua vida!"
Máximo respondeu: "Só se não sacrificar, salvarei a minha vida; mas se sacrificar, seguramente a perderei. Nem as varas, nem os ganchos, nem o fogo me produzirão dor, porque vive em mim a graça de Deus, que me salvará eternamente com as orações de todos os santos que, lutando neste gênero de combate, superaram a vossa loucura e nos deixaram nobres exemplos de valor".
Depois destas palavras, o procônsul pronunciou a sentença contra ele, dizendo: "A divina clemência ordenou que, para incutir terror nos demais cristãos, seja lapidado o homem que não quiser dar o próprio assentimento às sagradas leis, que lhe impõem sacrificar à grande deusa Diana".
O atleta de Cristo foi arrastado para fora, então, pelos ministros do diabo, enquanto dava graça a Deus Pai por Jesus Cristo seu Filho, que o tinha julgado digno de superar o demônio na luta.
Levado para fora das muralhas, esmagado pelas pedras, exalou o espírito.
O servo de Deus Máximo padeceu o martírio na província da Ásia dois dias antes dos idos de maio, durante o império de Décio e o governo do procônsul Ótimo, reinando nosso Senhor Jesus Cristo, ao qual é dada glória nos séculos dos séculos. Amém".








ROMA ANTIGA

09/12/2009

UGARIT (RAS SHAMRA), SÍRIA







O povo de Ugarit foram os cananeus, os precursores dos Fenícios. Eles talvez tenham sido os primeiros a reconhecer que a linguagem humana é constituída por apenas um número finito de sons e tudo o que era realmente necessário era um símbolo para cada um. Eles criaram 30 símbolos do que os alfabetos de todas as línguas fonéticas são derivados (sim todos: hebraico, latim, sânscrito, aramaico, árabe, grego, etc.) Como resultado, a escrita abriu-se e pôde tornar-se acessível; qualquer criança (ou estrangeiro) pode agora facilmente aprender a ler e escrever. Isto pode parecer simples, mas demorou quase dois milénios para se chegar a esta conclusão ... os gregos começaram o seu alfabeto dos fenícios. Os nomes da maioria das letras do grego / alfabeto fenício estão claramente relacionados - Alfa / Aleph (boi), beta / Bet (casa), Gama / Gimel (camelo), Delta / Dalet (porta), etc. De forma notável, o alfabeto ugarítico só tinha consoantes - o pré-homéricos gregos adicionaram as vogais. Ugarit foi um reino independente desde o século 18 aC. A sua história militar e económica tem sido revelada nos arquivos do palácio do rei. Os cananeus atingiram a idade de ouro por volta de 1450-1200 aC, mas construiram grandes palácios reais, templos e santuários, uma biblioteca, tinham os seus sacerdotes e outras bibliotecas na Acrópole. Construíram navios bem equipados e fortes de madeira de cedro, o cedro das montanhas do Líbano, eles tornaram-se a maior potência naval da época e conheciam muitos dos princípios chave da navegação. Trocaram têxteis, marfim, armas e prata com as cidades do Mediterrâneo, Mesopotâmia, Mar Egeu, Egipto e Ásia Menor. Por volta de 1200 aC, provavelmente Ugarit foi vítima da invasão dos filisteus, tribos do norte às vezes chamado de povos do mar. Mas outras possibilidades, como um grande terramoto, fome ou um enorme incêndio não serão de descartar. A sua população, pode quantificar-se, muito provavelmente em 10.000.

Assim torna-se claro perceber porque esta era a terra que Deus prometeu ao seu povo. Se é verdade que Moisés já era um homem formado no Egipto, necessitava de aprender e escrever numa língua que seria a mãe de todas as línguas europeias.







08/12/2009

ARQUEÓLOGOS ADVENTISTAS

Arqueólogos adventistas são destaque na IstoÉ

A revista IstoÉ desta semana traz matéria sobre o trabalho de arqueólogos brasileiros, dois dos quais adventistas: os doutores Rodrigo Silva e Jorge Fabbro. Leia aqui alguns trechos da reportagem: "Fazia 40 graus à sombra, debaixo de uma tela de plástico perfurada em Monte Sião, Jerusalém. Corria o último mês de julho e cerca de 50 titulados acadêmicos de diferentes partes do mundo distribuíam picaretadas nessa porção de terra sagrada, onde ficava a residência de Caifás, o sumo sacerdote que presidiu os dois julgamentos de Jesus Cristo. Todos haviam trocado de bom grado o ar-condicionado de suas salas nas universidades para suar sob o sol escaldante da cidade santa, em busca de tesouros históricos.
No meio dessa turma um brasileiro, professor de arqueologia, com um chapéu à Indiana Jones na cabeça, lutava contra uma tendinite no braço esquerdo provocada por uma inflamação na coluna cervical. Aos 54 anos, o paulista Jorge Fabbro, teólogo com mestrado em arqueologia pela Andrews University (EUA), não queria abandonar a terceira expedição da qual participava em Israel. Além de atender às preces do professor Fabbro, Deus deu o ar da graça a todos os seus colegas de empreitada.
A escavação da qual participavam resultou em uma das maiores descobertas da arqueologia bíblica deste ano: uma taça de pedra, datada do século I d.C., na qual estão escritas dez linhas, possivelmente em aramaico ou em hebraico. Trata-se de um código secreto, ainda misterioso, formado por algumas letras redigidas de cabeça para baixo e frases de trás para a frente. Uma relíquia do tipo, suspeitam os pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte que capitaneavam a missão, pode ter sido usada por Jesus para se lavar ritualmente antes da última ceia.
Não existe na história de Israel nenhum vaso ritual com inscrição tão extensa quanto este. "Infelizmente não fui eu quem deu a picaretada para tirá-lo do chão", lamenta-se, em um primeiro momento, o professor Fabbro. "Mas o prazer de tocar em um objeto que ninguém tinha visto em dois mil anos é indescritível."
Saciar o espírito aventureiro, próprio do herói da série "Indiana Jones", e contribuir com a ciência motivam alguns arqueólogos brasileiros a deixar de lado os livros e o conforto do lar para, no Exterior, sujar as mãos de terra em busca de objetos raros. Não é tarefa fácil. Em 2007, o professor mineiro Rodrigo Pereira da Silva, especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, escavou na Jordânia.
Como os trabalhos em sítios arqueológicos começam cedo por causa do calor, passou um mês acordando às 4h da manhã. Com um turbante na cabeça e munido de trena, pá, picareta, colher de pedreiro, vassoura e pincel, ele dava expediente em uma camada de terra do período persa datada do século VI a.C. até a hora do café, às 8h.
Duas horas e meia mais tarde, Silva, que leciona no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), almoçava no alojamento próximo dali, onde ele e outros colegas dormiam. À tarde, o sol castigava e não havia escavação. A labuta, porém, não parava. Com um balde de água e escova de dente, os pesquisadores tinham de lavar os achados.
Com algumas poucas mudanças, esse foi o ritual de Silva, 39 anos, nas seis expedições que constam de seu currículo. "É um trabalho gostoso, no qual não existe a síndrome da segunda-feira", afirma o professor, que descobriu uma estatueta datada entre 10 mil a.C. e 5 mil a.C., hoje exposta no museu de Shaar ha Golan, em Israel.
Empoeirar-se em terras sagradas do Oriente Médio - o professor Fabbro conta que a cada dois dias de trabalho joga-se fora uma camiseta e uma calça - custa caro e, na maioria dos casos, é bancado pelo próprio acadêmico. Silva desembolsou cerca de R$ 10 mil na missão da Jordânia. Fabbro, que se inscreveu e foi selecionado pela Universidade da Carolina do Norte, contou com o patrocínio de R$ 20 mil da Universidade Santo Amaro (Unisa), na qual leciona, para passar seis semanas em Jerusalém. (...)
"[O] arqueólogo Fabbro, que chegou a escavar com caças israelenses sobrevoando sua cabeça, brinca ao citar a maior das aventuras dessa profissão fascinante: 'Dividir o quarto com colegas. Até Ph.D. ronca!'"

Jorge Fabbro. Idade: 54 anos. Formação: teólogo e advogado, mestre em arqueologia pela Andrews University (EUA). Expedições: Israel (nas cidades de Tel Dor, Megiddo e Jerusalém). Descobertas: taça de pedra com uma inscrição de dez linhas usada por sacerdotes do primeiro século do cristianismo. É o vaso ritual que apresenta a inscrição mais extensa da história de Israel. Escama de bronze de 700 a .C. que fazia parte da couraça de um guerreiro.






Rodrigo da Silva. Idade: 39 anos. Formação: teólogo, filósofo e doutor em teologia bíblica. Fez pós-doutorado em arqueologia na Andrews University (EUA), além de cursos de arqueologia na Universidade Hebraica de Jerusalém. Expedições: escavações em Israel, Jordânia, Sudão e Espanha. Descobertas: uma estatueta do período neolítico, datada entre 10000 a. C. e 5000 a. C., hoje exposta no museu de Shaar ha Golan, em Israel, e três moedas gregas raras.

LAQUIS; SONS E IMAGENS DA TERRA SANTA



Heb. Lakîsh, de significado incerto.
A palavra aparece no antigo ostracon hebraico de Laquis (chamado Cartas de Laquis) como Lksh; nas Cartas de Amarna, surge como Lakisha e Lakisi e em inscrições assírias como Lakisu. Uma antiga cidade fortificada cananeia. A cidade é mencionada pela primeira vez em textos cuneiformes de Ebla, no período pré-patriarcal. Passou a ser controlada pelos egípcios provavelmente no tempo de Thutmose III mas revoltou-se durante o período Amarna, tal como mostram as Cartas de Amarna. Quando os israelitas invadiram o país, o rei de Laquis aderiu a uma coligação sob a liderança do rei de Jerusalém e todos combateram contra as forças de Josué. Na batalha que se seguiu, o rei de Laquis foi morto e a sua cidade capturada (Js 10:3-35; Js 12:11), não tendo sido destruída, nem ocupada nessa altura. Mais tarde, passou a pertencer a Judá e o rei Roboão fortaleceu as suas fortificações (2Cr 11:9). O rei Amazias procurou refúgio em Laquis, ao fugir dos seus conspiradores mas foi morto nesta cidade (2Rs 14:19; 2Cr 25:27). Laquis foi cercada por Senaqueribe, da Assíria, durante o reinado de Ezequias e o cerco, o ataque e a sua captura estão realisticamente descritos em relevos feitos em pedras descobertas no palácio de Senaqueribe em Nínive e que agora se encontram no Museu Britânico. Foi de Laquis que Senaqueribe enviou um destacamento a Jerusalém, exigindo que a capital se rendesse. Embora Ezequias tivesse pago um pesado tributo ao rei da Assíria, nunca lhe entregou Jerusalém (2Rs 18:14-17; 2Rs 19:8; 2Cr 32:9; Is 36:2; Is 37:8). Quando o profeta Miqueias declarou que Laquis “foi o princípio do pecado” para Sião e que nela “se acharam as transgressões de Israel” (Mq 1:13), poderá estar a referir-se ao culto pagão levado a cabo no santuário hebreu escavado por Aharoni em 1966 e 1968 e onde foram encontrados um altar com cornos, muitos vasos de culto, uma coluna de pedra (massebah) e um monte de cinzas, os restos carbonizados de um tronco de árvore, que parecem ter vindo de um Asherah queimado. Nos últimos anos da história de Judá, Nabucodonosor cercou Laquis, que se manteve de pé depois de a maior parte do país ter sido devastado pelos exércitos dos caldeus (Jr 34:7).As escavações mostram que a cidade foi destruída por Nabucodonosor em 587 ou 586 AC. Laquis foi novamente repovoada pelos judeus após o exílio (Ne 11:30), embora não tenha recuperado a importância que antes tivera.
A cidade foi primeiramente identificada com Tell el-Hezi, 24 km a este-nordeste de Gaza, o local onde os actuais métodos científicos de escavação foram inicialmente utilizados em 1890, quando Flinders Petrie desenvolveu, no decurso das suas escavações, a ciência da cronologia da cerâmica palestiniana, i.e., uma ciência através da qual a idade relativa das ruínas poderá ser determinada através do estilo de cerâmica nelas encontrada. Mais tarde reconheceu-se que Tell el-Hezi não poderia ser Laquis e Albright identificou Laquis com Tell ed-Duweir, 12 km a nordeste do antigo local. Em 1935, provou-se ser correcta esta identificação, quando se descobriram nas ruínas da cidade uns documentos escritos e que foram apelidados de Cartas de Laquis. Estes documentos mencionam Laquis aparentemente como sendo o local para o qual as cartas foram dirigidas.
As escavações de Tell ed-Duweir foram levadas a cabo entre 1933 e 1938 pela Expedição de Investigação Arqueológica Wellcome-Manston, do Próximo Oriente, sob a direcção de J. L. Starkey, que morreu precocemente, assassinado em Janeiro de 1938. Depois que a época das escavações terminou, sob a direcção de O. Tufnel, as obras estiveram paradas durante cerca de trinta anos. As escavações mostraram que o local fora habitado já no início da Idade do Bronze, muito antes do tempo de Abraão. Durante os meados da Idade do Bronze (início do 2º milénio AC), foi erigida uma muralha dupla, à qual se acrescentou um fosso construído por um povo que os arqueólogos identificaram com os Hiksos. Após a expulsão dos Hiksos, a cidade passou a ser dominada pelos egípcios. É desta altura um templo cujas ruínas ainda continham muitos objectos de culto. Durante o período israelita, representado pelos níveis IV-III, a cidade foi cercada por uma nova muralha dupla construída por Roboão. A cidade do nível III foi destruída por Senaqueribe da Assíria. É desta altura um túmulo que continha os restos mortais de 1500 pessoas numa amálgama de ossos. Foi sugerido que este depósito representava um espaço aberto na cidade, após a captura levada a cabo por Senaqueribe e esta explicação parece plausível. Após a destruição da cidade, esta foi reconstruída (nível II) e novamente destruída, desta vez por Nabucodonosor. O nível I, que data do período persa pós-exílio, pôs a descoberto a mansão de um alto oficial e aparentemente um edifício de culto dedicado à adoração de Ahura-Mazda, indicações de que, na cidade, poderá ter estado estacionada uma guarnição persa.
Entre os objectos descobertos durante as escavações encontram-se algumas inscrições muito valiosas. Estas inscrições podem ser classificadas em duas categorias: 1) objectos inscritos pertencentes ao início do período da história da escrita alfabética e 2) objectos inscritos pertencentes ao período clássico dos antigos hebreus. A primeira é representada por uma adaga, uma tigela e um jarro para água inscritos em ortografia proto-semítica (ou sinaitica). Este tipo de ortografia, na sua forma semi-pictorial ou hieroglífica, foi o percursos da escrita semítica (conhecida através da Pedra Moabita) e de outras inscrições pré-exílio. Estes objectos foram datados, através do seu contexto arqueológico, como pertencendo ao período que se situa entre os séculos XVI e XIII AC, dando-nos, assim, uma ideia de como apareceu a escrita alfabética no tempo de Moisés e no período dos juízes. A segunda classe de objectos inscritos é representada pelas Cartas de Laquis.
Entre outro material inscripcional de Laquis encontrava-se a impressão do selo de Gedalias, que Nabucodonosor colocou como maioral sobre os que tinham ficado em Jerusalém, sendo, portanto, governador de Judá após a destruição desta cidade (2Rs 25:22-25). Outra descoberta interessante foi a inscrição, feita numa das pedra das escadas da mansão persa, das cinco primeiras letras do alfabeto hebraico. Isto indica que a sequência das letras do alfabeto hebraico era a mesma tanto no século V AC, como o é agora. Esta conclusão foi confirmada por descobertas posteriores, em Ras Shamra, do alfabeto ugarítico completo utilizado no século XIV AC. Foi também confirmada por um ostracon encontrado em ’Izbet Sartah, provavelmente a localização da antiga Ebenezer, onde fora escrito, por volta de 1200 AC, o alfabeto hebraico desde ’Aleph até Tau.
Em 1966, foram retomadas as escavações em Laquis. Foram levadas a cabo por Aharoni, da Universidade de Tel Aviv que, em duas épocas - 1966 e 1968 -, escavou o templo israelita já mencionado. Entre os muitos objectos encontrados na estrutura pertencente ao século VII AC descobriu-se um ostracon de dez linhas e um conjunto de cântaros contendo dezassete bullae, pequenos pedaços de barro onde se viam algumas impressões de selos. Representavam uma colecção antiga de bullae tirados de papiros, aos quais estavam ligados em forma de selos legais. Os nomes mencionados são nomes tipicamente judeus e estão ligados ao final do reino de Judá, tais como Jeremias, Eliasibe, Jorão, Joel e Naum.
Em 1973, David Ussishkin, da Universidade de Tel Aviv, deu início a um programa de escavações anuais que clarificaram vários pontos controversos e que a morte prematura de Starkey deixara por resolver. Por exemplo, é agora certo que a destruição da cidade do nível II foi levada a cabo pelas forças de Senaqueribe.