30/06/2009

CATACUMBAS DE ROMA: DESCOBERTA A MAIS A ANTIGA IMAGEM DE S. PAULO COM 1.700 ANOS




Arqueologistas descobriram o que acreditam ser a imagem mais antiga de São Paulo. (Foto: Reprodução/Osservatore Romano )
Arqueologistas do Vaticano descobriram o que acreditam ser a imagem mais antiga ainda existente do Apóstolo São Paulo. Datada do século IV, ela foi encontrada nas paredes de catacumbas sob Roma. O jornal do Vaticano Osservatore Romano, ao revelar a descoberta no domingo, publicou a fotografia de uma imagem pintada em afresco de um rosto masculino com barba preta e uma auréola brilhante sobre um fundo vermelho. Especialistas da Comissão Pontífice para Arqueologia Sagrada fizeram a descoberta em 19 de Junho nas Catacumbas de Santa Tecla em Roma e a descreveram como "o mais antigo ícone da história dedicado ao culto do Apóstolo", de acordo com o jornal do Vaticano. São Paulo e São Pedro são reverenciados pelos cristãos como os maiores missionários da antiguidade. Os cristãos dos tempos antigos em Roma enterravam seus mortos em catacumbas cavadas nas pedras sob a cidade e decoravam as paredes subterrâneas com imagens de devoção.

09/06/2009

O TERRAMOTO DE LISBOA (1755) NA PROFECIA BÍBLICA

A profecia não somente prediz a maneira e objectiva da vinda de Cristo, mas apresenta sinais pelos quais os homens podem saber quando a mesma está próxima. Disse Jesus: "Haverá sinais no Sol, na Lua, e nas estrelas." Luc. 21:25. "O Sol escurecerá, e a Lua não dará a sua luz. E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão no céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória." Mar. 13:24-26.
O profeta do Apocalipse assim descreve o primeiro dos sinais que precedem o segundo advento: "Houve um grande tremor de terra; e o Sol tornou-se negro como saco de cilício, e a Lua tornou-se como sangue." Apoc. 6:12.
Estes sinais foram testemunhados antes do início do século XIX. Em cumprimento desta profecia ocorreu no ano 1755 o mais terrível terramoto que já se registou. Posto que geralmente conhecido por terramoto de Lisboa, estendeu-se pela maior parte da Europa, África e América do Norte. Foi sentido na Groenlândia, nas Índias Ocidentais, na Ilha da Madeira, na Noruega e Suécia, Grã-Bretanha e Irlanda. Abrangeu uma extensão de mais de dez milhões de quilómetros quadrados. Na África, o choque foi quase tão violento como na Europa. Grande parte da Argélia foi destruída; e, a pequena distância de Marrocos, foi tragada uma aldeia de oito ou dez mil habitantes. Uma vasta onda varreu a costa da Espanha e da África, submergindo cidades, e causando grande destruição.
Foi na Espanha e Portugal que o choque atingiu a maior violência. Diz-se que em Cádiz as ondas tiveram a altura de vinte metros. Montanhas, "algumas das maiores de Portugal, foram impetuosamente sacudidas, como que até aos fundamentos; e algumas delas se abriram nos cumes, os quais se partiram e rasgaram de modo maravilhoso, sendo delas arrojadas imensas massas para os vales adjacentes. Diz-se terem saído chamas dessas montanhas". – Princípios de Geologia, Sir Charles Lyell.
Em Lisboa, "um som como de trovão foi ouvido sob o solo e imediatamente depois violento choque derribou a maior parte da cidade. No lapso de mais ou menos seis minutos, pereceram sessenta mil pessoas. O mar a princípio se retirou, deixando seca a barra; voltou então, levantando-se doze metros ou mais acima de seu nível comum". "Entre outros acontecimentos extraordinários que se refere terem ocorrido em Lisboa durante a catástrofe, esteve o soçobro do novo cais, construído inteiramente de mármore, com vultosa despesa. Grande número de pessoas ali se ajuntara em busca de segurança, sendo um local em que poderiam estar fora do alcance das ruínas que tombavam; subitamente, porém, o cais afundou com todo o povo sobre ele, e nenhum dos cadáveres jamais flutuou na superfície." – Lyell."
O choque" do terramoto "foi instantaneamente seguido da queda de todas as igrejas e conventos, de quase todos os grandes edifícios públicos, e de mais da quarta parte das casas. Duas horas depois, aproximadamente, irromperam incêndios em diferentes quarteirões, e com tal violência se alastraram pelo espaço de quase três dias, que a cidade ficou completamente desolada. O terramoto ocorreu num dia santo, em que as igrejas e conventos estavam repletos de gente, muito pouca da qual escapou." – Enciclopédia Americana, art. Lisboa.
"O terror do povo foi indescritível. Ninguém chorava; estava além das lágrimas. Corriam para aqui e para acolá, em delírio, com horror e espanto, batendo no rosto e no peito, exclamando: ‘Misericórdia! É o fim do mundo!’ Mães esqueciam-se de seus filhos e corriam para qualquer parte, carregando crucifixos. Infelizmente, muitos corriam para as igrejas em busca de protecção; mas em vão foi exposto o sacramento; em vão as pobres criaturas abraçaram os altares; imagens, padres e povo foram sepultados na ruína comum." Calculou-se que noventa mil pessoas perderam a vida naquele dia fatal.

02/06/2009

AS MOEDAS (NUMISMÁTICA) E POMPEIA

TEMOS BILHETE DE ENTRADA, ENTREMOS NESTA CIDADE
ENCANTADORA E SILENCIOSA.
A história de Pompeia perde-se no tempo, em linhas resumidas, podemos dizer que as suas origens são tão antigas como as de Roma, a sua história remonta ao VIII século antes de Cristo.
Situa-se num lugar de passagem obrigatório entre o Norte e o Sul, entre o mar e as ricas planícies do interior, Pompeia torna-se rapidamente uma encruzilhada de caminhos com um porto muito importante, e por esta razão, cobiçada de todos os poderes vizinhos.
O inimigo principal no entanto, é um "leão" que dorme, o vulcão de seu nome Vesúvio. Entretanto, o povo trabalha afanosamente nos campos, o comércio multiplica-se, os ricos tem os seus esplendorosos palácios, os artistas dão azo à sua veia criadora. Um dia o Vulcão começou a dar sinais de vida, o povo assustou-se, as coisas acalmaram e depressa tudo voltou à normalidade.
A História relata que alguns, especialmente cristãos, procuraram outras paragens, foram considerados "pobres de espírito" e a vida parou: o padeiro foi soterrado pelas cinzas enquanto tirava o pão do forno, o sapateiro enquanto preparava luxuosos sapatos, o taberneiro enquanto recebia moedas dos seus clientes, os ricos à sombra dos seus magníficos jardins interiores, etc...
É emocionante caminhar por estas ruas "despertadas" por Giuseppe Fiorelli em 1860. Trabalho continuado nas décadas seguintes. Em 1909, Vittorio Spinazzola continuou o trabalho, com especial ênfase na recuperação dos edificios. Estes trabalhos continuaram e deste modo nos nossos dias ao caminharmos pelas ruas temos a impressão de uma cidade que está a despertar de um sono de 2.000 anos.
A entrada principal da cidade de Pompeia, vendo-se o Vesúvio ao fundo.
Vista aérea da cidade em realce a zona do forum rodeado dos principais monumentos. Confronte esta foto com a imagem da cidade tendo o Vesúvio ao fundo.

A réplica de um condutor de mulas.
A Via (rua) e a Torre de Mercúrio.
O Templo da Fortuna Augusta tal como aparece hoje.
Uma das Ruas de Mercúrio - dirige-se para o Templo.
A via e a tore de Mercúrio, avista-se o Arco de Calígula tal como ele era.
Os trabalhos em POMPEIA, colocaram a descoberto uma sociedade tal como ela vivia há dois mil anos. Esta sociedade de uma hora para a outra foi enterrada sobre as cinzas do activo vulcão Vesúvio. Tudo foi guardado como num cofre-forte durante centenas de anos, os mais reputados cientistas e operários fizeram renascer: as casas, a sede do governo, os edifícios públicos, as ruas, os locais de culto e de divertimento, tal como era no primeiro século da nossa era.
Qualquer internauta pode ter acesso a fotos, à história e a mil e uma coisa que estão ao alcance de um clique. A nós que visitamos estas duas cidades POMPEIA e STABIAE SORRENTUM, soterradas no ano 79 E.C. há aqui muitos motivos de interesse para os estudiosos da Bíblia, tais como pinturas, utensílios, inscrições nas paredes, vamos dar realce a duas pequenas moedas que aí foram encontradas aos milhares!
















A via e a torre de Mercúrio, vista do arco de Calígula tal como era na época.













Termas do Forum









O "Calidarium" e o "Frigidarium".














Casa do Poeta tragico.




Esta é uma reprodução fiel da casa do poeta. Vê-se o átrio, o patio com jardim, tal como eram há dois mil anos.








O exterior da Casa dos mistérios ou dos cultos.








O interior da Casa dos Mistérios.










Pinturas nas Casa dos Mistérios: pinturas consideradas das mais importantes da antiguidade.
(deixamos este detalhe, existem muitas pinturas ou frescos).










A Via Mercúrio, vista da Torre de Mercúrio.











Termas de Stabies












Termas de Stabies. O vestuário ("apodyterium") com os assentos e os nichos para as roupas.
















Vista aérea da zona do Fórum Triangular e dos teatros








O Pequeno Teatro: local onde eram apresentados pequenos espetáculos











Uma escultura feita a partir do original de uma vítima da lava do Vesúvio.














As vítimas do "muro".
As moedas são das peças mais valiosas em termos de Arqueologia Bíblica, elas tem imagens, inscrições, nomes, datas e um sem número de informações preciosas.
As moedas foram introduzidas na Palestina por Pompeu no ano 63 a.J.C., mas as moedas gregas que tinham sido anteriormente introduzidas continuavam a circular. Além disso os Judeus também cunhavam as suas próprias moedas, assim, temos no Novo Testamento moedas de diferentes origens.
Os Evangelhos mencionam cinco moedas de origem grega. Duas delas, o “talento” e a “mina” eram em prata, no entanto os “talentos” e as “minas” em ouro eram também muito usadas nesta época. Referência ao talento (Mateus 18:24; 25:15-30). A mina, moeda em prata (Lucas 19:13). As outras eram de menos valor. Uma chamada de “moeda de prata” era a dracma (Lucas 15:8,9). Havia a prata do tributo, moeda que valia o dobro da dracma ou “duas dracamas” (Mateus 17:24) e por fim (Mateus 17:27) a moeda chamada “estáter” que valia mais ou menos o dobro da anterior.
Há ainda outras moedas que deixamos as referências bíblicas (o “denário” - Mateus 18:28; 20:2,9,10,13; o “centavo” - Mateus 5:26; o “asse” – Mateus 10:29; Lucas 12:6; o “quadrante” – Marcos 12:42).
Na realidade, as moedas romanas constituíam a moeda principal da Judeia. Saliente-se mandada cunhar por Tibério e que foi usada para “pagar” a traição feita por Judas a Jesus (Mateus 26:14-16;27:5) “e pagaram-lhe trinta moedas de prata”. Esta moeda de prata de Tibério tinha a esfinge do imperador e a legenda “TI. CAESAR DIVI AVG. F. AVGVSTVS” de um lado, e do outro “PONTIF. MAXIM”. Ou seja “Tibério César Augusto, filho do divino Augusto” e “Pontifex Maximus”.
Os Judeus eram muito adversos a estas moedas e cunhavam as suas próprias moedas. As moedas especiais e das últimas datam do ano 66-70 e isto apresenta um interesse particular. Esta data, coincide com a sua revolta de 66 a 70 da nossa era, foi no ano 70 que o General Titus entra em Jerusalém e o Templo é incendiado e dá-se o inicio do fim do povo judeu, que voltam a ter um esboço de rebelião nos anos 132-135 e terminam dispersos por todo o Império Romano.
Ora entre as moedas judaicas que aparecem surgem as últimas a serem cunhadas. As moedas e as suas legendas estarão no final desta apresentação de POMPEIA.
Estas moedas foram encontradas foram encontradas em Pompeia. Como dissemos anteriormente, cunhadas entre o ano 66-70, tendo em conta que o Vulcão atingiu Pompeia no ano 79, pode-se deduzir a presença de judeus em Pompéia e seguramente de cristãos dispersos a partir do ano 34 da nossa era. Esta perseguição foi movida por Saulo de Tarso e a primeira vítima foi Estevão (Actos 6:8-15).
A face desta moeda tem a seguinte legenda "Siclo de Israel, Ano I" data da primeira rebelião judaica. No versus pode ler-se "Jerusalem a Santa". Estas moedas encontram-se no British Museum.
Os símbolos também falam da esperança do povo - apesar de serem neutros em termos de idolatria - Um cálice, simbolo de vida e três romãs envolvem a legenda "Santa Jerusalém".