04/08/2008

SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS

Actualmente, os territórios bíblicos estão cheios de escavações, sítios arqueológicos e museus abertos ao público em geral. Entre os mais destacados podem-se encontrar:

1-
A Igreja do Santo Sepulcro.
Um complexo de sítios que compreende no alegado túmulo de
Jesus e o Calvário. A sua identificação leva em conta achados arqueológicos, mas baseia-se na maior parte na tradição do século IV d.C., devido a evidências de túmulos judeus, artefactos romanos, construções constantinas e influências otomanas.

2- O Museu de Israel.
Reúne objectos de valor universal, para estudos bíblicos, a
história e pré-história do chamado Médio Oriente. Este Museu é conhecido como um dos mais importantes museus relacionados à arqueologia bíblica.

3-
O Túnel de Ezequias.
Passando por baixo da
Cidade Antiga de Jerusalém e dos seus Muros, é um dos elementos declarados na Bíblia tanto nas Escrituras Hebraicas como nas Escrituras Grego Cristãs.

4-
O Barco da Galileia.
Em
1986, um dos últimos achados foi um barco enterrado perto do Mar da Galileia, perto da antiga Cafarnaum e para surpresa, datado do Século I, portanto do tempo de Jesus. Por esta razão, “O barco da Galileia” tem sido chamado “O Barco de Pedro”, porque se permite ter uma ideia do tipo de embarcações que os pescadores que conheceram Jesus, usavam. O barco da Galileia mede cerca de 8 metros de comprimento e 2,3 metros de largura.

5-
Qumrán.
Para muitos, este é um dos achados mais importantes de todos os tempos. Embora haja controvérsias se teria sido o local de uma seita judaica (
essénios), com ruínas dum possível mosteiro, estas cavernas são de grande importância para a arqueologia bíblica, devido ao grande número de achados, como papiros, códices da Tanak, do Novo Testamento, e muitos outros elementos para a história dos estudos bíblicos.

CONSTRUÇÕES BÍBLICAS CONFIRMADAS:
1- A cidade de Gibeão.
2-
O Túnel de Ezequias.
Um túnel de 533 metros foi construído para prover a
Jerusalém, água subterrânea, em prevenção da invasão assíria de 701 a.C.
3-
As Muralhas de Jericó
As “Muralhas de Jericó” datadas de aproximadamente
1550 a.C., tendo como a causa um cerco ou um terramoto no contexto de extracto denominado Destrucción Ciudad IV. Existem discussões sobre se a dita destruição corresponde à descrição bíblica ou não. De acordo com o relato bíblico, os israelitas destruíram a cidade depois que as suas muralhas caíram, por volta de 1407 a.C.. As escavações de John Garstang, em 1930, datam a destruição de Jericó em 1400 a.C., mas após escavações de Kathleen Kenyon, em 1950, a sua datação foi de 1550 a.C.. Bryant G. Wood crítico do trabalho de Kenyon, observou ambiguidades nas investigações com o carbono 14 que deram como resultado o ano de 1410 a.C., com 40 anos de diferença. Assim, Wood confirmou as conclusões de Garstang. Infelizmente, a dita prova de carbono teria sido resultado de uma má calibração. Em 1995, Hendrik J. Bruins e Johannes van der Plicht utilizaram uma prova de radiocarbono de alta precisão para 18 amostras de Jericó, incluindo seis amostras de cereal carbonizado, que deram como resultado uma antiguidade superior a 1562 a.C.
4-
O Segundo Templo:
Confirmado pelo parecer ocidental. Construído por
Herodes I o Grande;
5-
A Rampa da cidade de Laquis, conquistada pelo rei rei assírio Senaqueribe em 701 a.C.
6-
O Reservatório de Siloé.
Uma piscina, ao sudeste das muralhas da cidade, e receptora das águas do Túnel de Ezequias.
7- O Templo de Siquém. Mencionado em
Juízes capítulo 9.
Em
1910, arqueólogos encontraram ali cacos de cerâmica com inscrições, registando despachos de vinho e de azeite de oliveira e pagamento de impostos. Mas muitos dos nomes próprios inscritos neles continham o componente bá•al (Baal). Os arqueólogos também descobriram fragmentos em painéis de marfim.
8- TUMULOS:
No
Iraque, o arqueólogo Sir Leonard Wooley descobriu 16 túmulos de reis no cemitério da antiga Ur, foi uma extraordinária descoberta “A riqueza nesses túmulos, que continua sem igual na arqueologia mesopotâmica, incluía algumas das mais famosas peças da arte suméria que agora embelezam as salas do ‘’Museu Britânico e do Museu da Universidade da Pensilvânia”.
Dezanove túmulos localizados ao ocidente de
Jerusalém têm sido datados sem dúvida, ao tempo da Monarquia da Judeia, mas é possível que representem sítios em memória dos reis mencionados em II Crónicas 16:14; 21:19; 32:33 e no Livro de Jeremias 34: 5.
9-
A Tumba de Herodes.
Em
Maio 2007, arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém anunciaram a descoberta da tumulo onde teria sido enterrado o rei Herodes I o Grande, perto de Jerusalém. Herodes, que reinou nos finais do Século I a.C., teria vivido na época de Jesus. Foi enterrado num mausoléu rectangular de 2,5 metros de comprimento com um tecto em forma de triângulo.
10- O Cilindro de Ciro.
O Cilindro de
Ciro II da Pérsia é feito de argila, e regista um importante decreto do rei persa, encontra-se exposto no Museu Britânico, em Londres. A conquista de Babilónia, de um modo rápido e sem batalha pelo Império medo-persa, descrita em Daniel 5:30-31, é confirmada no relato do Cilindro de Ciro.
11-
O Cilindro de Nabonido.
Trata-se de um
cilindro de argila do rei Ciro o Grande, conquistador de Babilónia. Foi encontrado no Templo de Shamash em Sippar, perto de Bagdad. A conquista de Ciro é também descrita na Crónica de Nabonido. Em escrita cuneiforme, na Língua acádia, encontra-se o nome de Belsazar como o filho de Nabonido, último rei de Babilónia. O Livro de Daniel capítulos 5, 7, e 8 menciona Belsazar como um rei conhecido; nota-se também que Belsazar oferece o terceiro lugar no seu reino como um grande prémio.
12-
Os textos de Balaão:
Tinta sobre
gesso, encontrados em Deir ´Alla na Jordânia - (Números 22 - 24).
13- Asas de vasilha GBON (גבען):
Foram recuperadas da piscina de Gibeão e teriam algumas inscrições:
Algumas com a inscrição: "Hananiah" que pode ter relação com a pessoa mencionada em Jeremias 28:1.
Outros nomes inscritos são: Amariah, Azariah, Domla, Geder, Hananiah, Neri, Shebuel.
14- Selo de Gemariah ben Shaphan:
Impresso em
bula, foi encontrado durante as escavações de Yigal Shiloh en 1983, provavelmente pertencente à pessoa mencionada em Jeremias 36:10.
15-
Inscrição da Casa de David e na Estela de Tell Dan:
A inscrição consiste em três fragmentos: o primeiro e mais extenso foi descoberto em
1993 e os fragmentos menores em 1994.
16- Selo de Jaazaniah:, servo do rei (ליאזניהו עבד המלך):
Encontrada no túmulo 19 em Tel en-Nasbeh (
Mispá).
Possivelmente pertencente ao capitão do exercito em Mispá, mencionado em
II Reis 25: 23.
17-
O túmulo de Caifás descoberto em Jerusalém em 1990.
18- Selo de Jehucal ben Shelemia ben Shobi (יהוכל בן שלמיהו בן שבי):
Estampado em
bula, encontrado nas escavações de Eilat Mazar num suposto palácio do Rei David em 2005. Provavelmente se refere ao mencionado relato do Livro de Jeremias 37,:3 e 38: 1
19-
As Ostracas de Laquia.
Textos encontrados em
1930, que descrevem acontecimentos do final do século VII a.C., pouco depois da conquista dos caldeus.
Carta No. 3, menciona uma advertência do profeta.
Carta No. 4, menciona
Laquis y Azekah como os últimos lugares conquistados, tal como regista Jeremias 34:7.
Carta No. 6, descreve uma conspiração descrita em Jeremias 38:19 e 39: 9, é utilizada uma semantica idêntica a Jeremias 38:4.
20-
A Inscrição de Pôncio Pilatos encontrada no teatro romano de Cesaréia:
O Governador da
Judeia, Pôncio Pilatos, erigiu o Tibérium em honra de Tibério César.
Texto actual da terceira linha da inscrição:
TIBERIEUM
PONTIUS PILATUS
PRAEFECTUS IUDAEAE
21-
A conquista de Samaria por Sargão II da Assíria:
Inscrição (ANET 284) encontrada por Paul-Émile Botta e Dur-Sharrukin no ano
1843: "sitiei e conquistei Samaria, deportei 27.290 habitantes desta... Reconstruí o melhor e estabeleci ali povos de outros países que eu mesmo conquistei." ( II Reis 17: 23-24).

Jeú aos pés de Salmanasar III no Obelisco Negro.

NOVAS DESCOBERTAS "TIAGO" IRMÃO DE JESUS

John Noble Wilford The New York Times.
Uma inscrição - com 2.000 anos -na pedra de um sepulcro recentemente encontrado perto de Jerusalém. Tem a seguinte frase: "Tiago, filho de José, irmão de Jesus".
Este pode ser o artefacto mais antigo já encontrado relacionado à existência de Jesus, concluiu um estudioso francês na análise da inscrição que será publicada na Biblical Archaeology Review.
Se a inscrição for autêntica e se referir a Jesus de Nazaré, será o documento mais antigo conhecido de Jesus fora da Bíblia. A Revista, que anunciou a descoberta, está a promover como a "descoberta arqueológica mais antiga para corroborar as referências bíblicas a Jesus".
Outros estudiosos estão a reagir com muita cautela, considerando o achado arqueológico importante e intrigante. Dizem, no entanto, que será praticamente impossível confirmar um elo definitivo entre a inscrição e qualquer uma das figuras centrais do cristianismo.

02/08/2008

ARQUEOLOGIA CIDADE DE JERUSALÉM

A Cidade de Jerusalém está inserida entre as mais antigas do mundo. Aqui, camada sob camada e séculos após séculos, acumulam-se evidências significativas de alguns dos mais importantes factos da História da Humanidade.
Essa razão tem incitado a curiosidade de cientistas e de pesquisadores de todas as partes do planeta, especialmente Arqueólogos.






















O Parque Arqueológico de David. Estende-se por um cume a sudoeste da Cidade Velha. Com as fontes de Guichon a seus pés, encontram-se vestígios significativos de fortificações cananitas e israelitas, uma estrutura de 16 metros de altura, do séc. X a. C., possivelmente construída pelo Rei David e habitações dos judeus do séc. VIII e VII a.C.








O jardim arqueológico de Ofel. No extremo sudoeste do Monte do Templo, estão 2.500 anos de história em 25 camadas de estruturas de 25 governantes. A escadaria centenária centenária, o portão de Hulda - por onde os fiéis penetravam no segundo Templo - e ruínas de palácios reais da época dos mulçumanos séc. VII e.C., são algumas das preciosidades que aí se encontram.












A Casa Queimada - (na realidade, uma cave que era usada como oficina de uma casa destruída pelos romanos no ano 70a. C.), testemunha do fim da antiga Jerusalém judia.












Palácio Herodiano - residências dos abastados da época, inclusive dos sacerdotes do Templo, durante o Período Herodiano.

MAPAS DE ISRAEL




O Rei David conquistou Jerusalém e tornou-a capital do seu reino e o centro religioso do povo Judeu em 1003 a.C. Cerca de 40 anos mais tarde, o seu filho Salomão construiu o Templo (centro religioso e nacional do povo de Israel) e transformou a cidade em próspera capital de um Império que se estendia do Eufrates até o Egipto


















Mapa Mosaico de Madaba (565 d.C)
O mapa urbano mais antigo que há conheciemento sobre Israel. Foi feito com mais de dois milhões de pequenos azulejos de pedra de diferentes cores. Foi encontrado em estilo de mosaico numa Igreja Bizantina na cidade de Madab, hoje território da Jordãnia. O mapa representa a Terra Santa, desde o Líbano, ao Norte, até ao Egito no Sul. A Cidade de Jerusalém é apresentada na metade do seu tamanho original.















Mapa de Abraham Bar-Jacob na Hagadá de Amsterdão (1695)
No passado, os mapas geográficos hebreus eram bastante raros, porém todos mostravam a Terra de Israel como uma porção "separada". Neste, Abraham Bar-Jacob, convertido ao Judaismo, desenhou a Terra Santa a partir do mapa de Christian Adrichom (1588), incluindo elementos como o percurso do Êxodo do Egipto para Canaã; e a designação dos territórios das doze tribos de Israel.















Mapa Pictórico da Terra de Israel, (1875) Esta ilustração (uma segunda edição em hebraico e alemão), representa um grupo original de mapas. Cinco tiras longitudinais mostram cinco regiões, desde o Líbano, ao Norte, até Gaza, Hebrón e "Sodoma" no sul, vista em perspectiva de Oeste para Este. A base de impressão é invulgar, sobre um painel de algodão, a Cidade de Jerusalém foi desenhada no centro do mapa pelo Rabino Haim Salomón Pinta.